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VÔLEI DE PRAIA

Recife volta a ser palco de competições nacionais e internacionais de Vôlei de Praia

Capital pernambucana não recebia nenhum evento deste porte há mais de 10 anos; cidade é um celeiro de lendas do vôlei

postado em 16/03/2024 09:00

<i>(Foto: Maurício Val/FV Imagens/CBV)</i>
A capital pernambucana volta a sediar uma etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Após dez anos, Recife recebe os principais nomes do esporte e tenta reintegrar-se de vez como sede do campeonato. Durante cinco dias, a Veneza Brasileira voltou a ser a casa do vôlei nacional. Não só o público, mas os atletas também sentiram falta das praias e do calor humano que o pernambucano costumeiramente proporciona.

O Circuito chega ao Recife na sua segunda etapa. Na primeira, realizada em Campo Grande/MS, Duda/Ana Patrícia e Moisés/Matheuzinho ficaram com o ouro do Top 16, elite vôlei nacional. A única dupla pernambucana na competição, Wesley e Denílson, ficaram em nono lugar.

Chegando em areias pernambucanas, a dupla espera honrar com a história do vôlei do estado e garantir a medalha dourada com o apoio da torcida pernambucana, que costuma fazer das arenas um verdadeiro caldeirão quando tem algum competidor conterrâneo em quadra. Foi o que experimentaram Luizão e Fernando, dupla montada especialmente para a etapa de Recife do circuito. Jogando o aberto, chegaram até as quartas de final, mas puderam sentir todo o apoio da torcida pernambucana. 

“Sempre foi bom, sempre joguei muito bem em Recife. Um dos berços do vôlei de praia nacional. Aqui teve grandes nomes, que fizeram com que eu jogasse também. Lula e Adriano, Moreira e Garrido, Fabiano, Moacir, são  ícones né de Pernambuco. Muito feliz de estar aqui”, falou o amazonense Luizão, que no auge dos seus 51 anos ainda apresenta vôlei de qualidade.

Já a sua dupla no circuito, o também veterano Fernando, falou sobre a sensação de voltar a competir em Pernambuco, sua terra natal, e de como a presença da torcida é o diferencial da etapa. “Estou mais aqui também por causa dos meus atletas e o meu filho que não me viu jogar e tá me vendo agora. Tô muito feliz  e espero que Recife volte ao calendário novamente, que seja polo todo ano. A prova é isso aqui, o público em massa nas arenas”, pontuou o atleta de 48 anos.

No feminino, o sentimento de que Recife precisa voltar de vez ao circuito é compartilhado. Para a dupla finalista Mafê e Naiana, jogar na capital pernambucana é sempre diferente. “A etapa daqui é muito gostosa. Eu gostei, é a primeira vez que eu tô aqui. Mas é  Nordeste, jogar aqui é sempre muito bom, muito gostoso”, destacou Mafê, que convidou Naiana especialmente para participar da etapa recifense.

Já a experiente Naiana está feliz de voltar a jogar na capital pernambucana. “muitos anos que eu não vinha a Recife Joguei diversos torneios aqui, a etapa é sempre gostosa,  na praia de Boa Viagem. Que bom que o circuito veio novamente para uma cidade tão grande do Nordeste, uma cidade que sempre foi pioneira no vôlei de praia. Temos grandes atletas que saíram daqui de Pernambuco”, destacou a atleta.

E realmente o desejo de ter Recife de volta ao circuito do vôlei de praia é explícito. Tanto que a cidade mal se despede do Circuito Brasileiro neste domingo (17) e já volta a receber uma competição, esta a nível internacional. Trata-se do Beach Pro Tour Challenge, que também contará com ingressos gratuitos e receberá atletas de altíssimo nível. O torneio também serve de preparação para as Olimpíadas de Paris, que acontecem entre julho e agosto deste ano.