Recife Vôlei termina a Superliga B na terceira posição (Foto: Recife Vôlei /Divulgação)
O Recife Vôlei ainda não tem sequer dois anos de atividade, mas já é o terceiro melhor da Superliga B. A equipe recifense venceu o Curitiba por 3 sets a 2, neste domingo, no ginásio da AABB, e recebeu o troféu de terceiro lugar, além da medalha de bronze da competição. Um jogo histórico, cheio de emoção, com ginásio completamente lotado e uma torcida apaixonada. O resultado foi fruto de superação em todos os momentos. No final, venceu aquele que parecia ter mais do que seis em quadra. Na verdade, tinha uma nação presente em cada saque, defesa e ataque.
O Recife Vôlei começou o jogo com tudo. Empurrado pela torcida que lotou o ginásio da AABB, a equipe deu um show no primeiro set. Abriu logo uma grande vantagem de dez pontos e segurou até o final, fechando em 25x15, com uma excelente participação da levantadora Fabíola, que distribuía as jogadas e dificultada a defesa adversária, que não sabia onde deveria marcar.
Porém a facilidade do primeiro set não foi repetida no segundo. Além do Curitiba ter melhorado muito em quadra, ainda contou com alguns erros incomuns das donas da casa. Mesmo assim, o time do Recife Vôlei se manteve equilibrado até o final, com boas viradas de Aline. No fim, o time recifense permitiu a virada e a vitória das curitibanas por 25x27.
O terceiro set foi o mais controverso do jogo. O Curitiba chegou a abrir 1x8 no placar diante de um Recife atordoado. Diante da dificuldade, entrou em quadra a experiência de Fabíola e Nati Martins. As duas chamaram a responsabilidade, acalmaram a equipe e o Recife Vôlei virou para 18x15. O time dono da casa permaneceu na frente até os pontos finais, quando permitiu, mais uma vez, a virada das visitantes por 21x25.
O quarto set começou com o ginásio borbulhando. A torcida entrou de vez em quadra e o Recife Vôlei abriu 18x11, com Aline forçando bastante o saque, Sabrina começando a virar bem as bolas e Carol soltando o braço para o outro lado. O trio arrebentava em quadra. Mas do outro lado também tinha um grupo qualificado que empatou em 20x20 e virou para 21x24.
A torcida mais uma vez foi o diferencial. O ginásio começou a gritar “eu acredito”. O técnico do Recife Võlei, Adalberto Nóbrega, parou o jogo, ajustou as atletas em quadra e viu uma virada histórica. Paloma foi para o saque, dificultou a recepção adversária e Sassá e Carol fizeram o resto. Com os passes de Ju Paes na mão de Fabíola, a levantadora escolhia a melhor e acelerava para cima das curitibanas. Que virada sensacional. Recife Vôlei 26x24.
No quinto set, o Recife Vôlei fez a melhor apresentação do jogo. Venceu com facilidade por 15x8 e fechou em três sets a dois diante de uma torcida que mais uma vez mostrou que é a melhor do Brasil. “Essa vitória precisa ser dedicada à nossa torcida. O que eles fizeram aqui hoje eu nunca vi durante todos esses anos de voleibol. Quando perdíamos por 24x20, no quarto set, o ginásio ficou ensurdecedor. Eu não conseguia ouvir a pessoa falando ao meu lado, mas sabia que aquilo tudo era para nossa equipe. Muito obrigado a todos que vieram aqui nesta tarde e a todos os nossos patrocinadores que acreditaram em nós. Ficamos em terceiro lugar. Agora vamos trabalhar ainda mais para alcançarmos o acesso no próximo ano”, afirmou o técnico Adalberto Nóbrega.
“Nós só temos que agradecer por essa oportunidade e por essa torcida. Só tenho que agradecer. O jogo de hoje foi mais uma demonstração que temos uma torcida espetacular. Obrigado a todos que acreditaram na gente e vamos nos manter firmes porque sempre vamos querer mais”, afirmou a levantadora Fabíola, ainda em quadra.