
André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, morreu aos 59 anos na última sexta-feira (7). Ele fazia tratamento contra um câncer no sistema linfático e teve reação à quimioterapia - estava internado na UTI da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Neste domingo (9) pela manhã haverá uma cerimônia restrita à família no Memorial dos Guararapes, em Jaboatão.
Pampa marcou época na Seleção Brasileira de Vôlei campeã olímpica em Barcelona-1992. Uma geração fantástica, que tinha jovens como Marcelo Negrão, Tande, Giovanni e Maurício, além de nomes como Carlão e Paulão. O técnico era José Roberto Guimarães, que depois também faria muito sucesso comandando a equipe feminina do Brasil.
Amigo de Pampa desde a época do Selesiano, o técnico pernambucano Ednílton Vasconcelos lembrou no começo da cerreira dele. "Ele começou tarde, aos 17 anos, mas teve vantagem pela altura, que pra aquela época era consideravel. E o mais importante, orgulhou Pernambuco e chegou no máximo que um atleta profissional pode sonhar, que é ser campeão olímpico", enfatizou Ednilton em entrevista ao repórter do DP Esportes Haim Ferreira.
"Ele foi um lutador até o final da vida. Já havia três meses que ele vinha batalhando contra essa doença e ficávamos acompanhando. A filha dele nos dava notícias e nós sempre ficávamos com aquela expectativa. Até pela fortaleza que ele era como ser humano, acostumado com grandes batalhas. Mas, infelizmente, ele perdeu essa batalha e nos deixa essa saudade", finalizou.

CARREIRA
Além do título inédito em Barcelona-1992, Pampa participou da campanha do Brasil na edição dos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, na Coreia do Sul. Revelado pelo Santa Cruz, Pampa vestiu as camisas do Palmeiras e do Suzano no Brasil, teve passagens por Napoli e Lazio na liga da Itália e passou pelo Nec/Osaka no Japão. Ele era chamado de Pampa devido à força na cortada. A referência era a um cavalo pampa. Aposentado, dedicou-se à política e teve cargos na administração pública.