A relação de Pelé com o Vaticano
Pelé sempre deixou muito claro que era católico e reafirmava a sua devoção por Nossa Senhora Aparecida. Além disso, frequentemente era visto com uma corrente dourada com um crucifixo em volta do pescoço. Durante uma entrevista ao jornal vaticano L'Osservatore Romano, em 9 de julho de 2009, o eterno craque enfatizou o papel da religião na sua vida.
"Deus me deu o dom de saber jogar futebol, porque realmente é só um dom de Deus. Meu pai me ensinou a usá-lo, me ensinou a importância de estar sempre pronto e treinado, e que além de jogar bem, devia ser também um homem", comentou Pelé.
Sendo assim, a relação entre Pelé e o Vaticano sempre foi muito estreita. Em 20 de agosto de 2005, o jogador encontrou o Papa Bento XVI na cidade de Colônia, na Alemanha. Ambos estavam presentes para a 20° Jornada Mundial da Juventude, evento do qual Pelé era embaixador. Bento XVI foi nomeado Papa em 19 de abril e estava realizando uma missa na cidade quando recebeu a visita ilustre do maior jogador de todos os tempos.
Além desse encontro, Pelé chegou a encontrar mais dois papas. Em 1966, o Rei estava em lua de mel com a sua primeira esposa, Rosemeri dos Reis, e o casal foi abençoado pelo Papa Paulo VI. O segundo encontro aconteceu em 1978, quando Pelé também esteve em Roma e trocou presentes com o Papa São João Paulo II.
Por mais que não tenha conseguido se encontrar pessoalmente com o Papa Francisco, sucessor de Bento XVI após sua renúncia em 2013, Pelé manteve sua relação próxima com o Vaticano. Em fevereiro de 2014, o Rei enviou uma camisa autografada e com dedicatória para Francisco, em um presente dado pela então presidente Dilma Rousseff.
O Vaticano relembrou esses momentos em suas redes sociais e homenageou o Rei, enaltecendo o seu talento e a sua fé católica. Na legenda, destacaram ainda outra fala de Pelé durante sua entrevista ao jornal do Vaticano em 2009, na qual o Rei comentou sobre o privilégio de ter se encontrado pessoalmente com três Papas.
"De certos valores tive ainda o privilégio de falar com três Papas. Com efeito, me considero um homem muito abençoado porque pude encontrar e receber a bênção de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Daqueles encontros guardo com prazer as fotografias que o Vaticano me enviou. Com esses três Pontífices pude falar da minha vida e de Deus. Foram momentos muito importantes para mim, que ficaram no coração", concluiu o Rei.
