Uma derrota que tirou o Sport da liderança da Série B. O Leão, nem de longe, parecia o time que era o líder embalado, com um dos melhores ataques do futebol brasileiro. O 2x0 para o CRB, no Rei Pelé, em Maceió, tem muitos culpados. Claro que os seis desfalques foram fundamentais para termos um Leão confuso em campo. Desfigurada, a equipe se mostrou perdida no primeiro tempo, repetindo um mantra neste Brasileiro: não joga bem quando atua fora do Recife. Não teve um único chute ao gol. Sem vontade, pegada. A falta de espírito de luta e a passividade foram os pontos que destaco mais fortes. Isso sem falar nos erros individuais. No primeiro gol alagoano, ninguém cortou o ataque rival, até a bola sobrar para Anselmo Ramon abrir o placar. No segundo tempo, o Sport deu uma pequena melhorada e, em dois lances (Pedro Martins, aos 10, e Ewerthon, aos 14) poderia ter empatado. Mas ficou nisso. Jogou com muitas bolas alçadas, sem que tivesse um centroavante para incomodar a zaga. E, no final, em uma recuada fácil de Luciano Juba, o goleiro Jordan, que tinha entrado no intervalo no lugar do machucado Renan, falha absurdamente, deixando escapar a bola por baixo dos seus pés. Derrota fora dos planos de Enderson Moreira, que demorou nas substituições. E que passa pela enorme necessidade de ter um melhor banco de reservas. A partida mostrou como o Sport precisa de reforços. Até para que possa ratificar, dentro de campo, seu papel de favorito ao acesso.
Caráter e ética
Dois momentos na coletiva de apresentação de Fernando Diniz foram interessantes. Primeiro, o presidente da CBF, o baiano Ednaldo Rodrigues, afirmou que “na CBF, os tempos em que caráter e ética não eram prioridades acabaram”. Fala direcionada aos antigos dirigentes?
Liberdade
Em outro, Fernando Diniz diz que não conhece Carlo Ancelotti e que a CBD deu autonomia e liberdade para fazer seu trabalho, sem interferência nenhuma. Ou seja, não deve dar atenção as opiniões do treinador italiano. Pelo jeito, o tal acordo verbal com Ancelotti vai minguar.
Vale a pena
Não aprovei a interinidade de Diniz. Como conciliar Seleção e Fluminense, um clube “pesado” no cenário nacional? A torcida tricolor não deve ter aprovado. E os dirigentes rivais vão ficar incomodados com os privilégios que passarão pelas mãos do treinador da canarinha.
Salários atrasados
Faltando três rodadas para fechar a primeira fase, a notícia de salários atrasados não deveria aparecer no Santa Cruz. Entendo a queda na receita, a falta de investimento na Série D e a queda de público, mas os dirigentes não podem falhar agora. Dinheiro no bolso garante elenco mais tranquilo em campo.
