A desconfiança quanto ao futuro do Sport está no ar (Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)
Grande pensando pequeno
Animado, antes do jogo, imaginei a volta do arrasador Sport da Ilha. A primeira decepção, vem da declaração do treinador rubro-negro na Band: “Nossa prioridade não é a liderança da Série B”. Como não? Não dá pra pensar pequeno, sendo grande. Aí, com essa postura no gramado, pela primeira vez, vi um adversário não merecer perder na Ilha, nessa temporada. O Sport não teve a tradicional fome pela vitória, jogando em casa. O adversário sentiu isso, não se intimidou e cozinhou o jogo. Esse foi o Mirassol. Essa foi a equipe que parou o Sport. Verdade que Muralha fez uma grande defesa na cabeçada de Juan Xavier. Mas o time rubro-negro criou e produziu muito pouco em relação ao que costuma fazer como mandante. No Segundo tempo, com as modificações, a equipe caiu de produção. Ewerton, Labandeira, Wanderson e Felipinho não evoluíram o time. O público, 18.201, deixou o estádio frustrado. Tímidas vaias no final. O Sport segue no G4. Vice líder. Mas a desconfiança quanto ao futuro está no ar. Terá fôlego, liderança e atitude pra recuperar o alto rendimento? Os três derradeiros desafios do turno, nortearão a tendência para o returno.
Até tive vontade de estudar o que quer dizer o título. Pressupõe-se, que seja a hora em que você vai aproveitar o vacilo do adversário. Então, tá valendo. E serve para Santa Cruz e Náutico. Ambos jogarão nesta noite de segunda buscando a vitória, mas aceitando o empate. Porém, atenção: quem joga PARA empatar, perde. Quase que na totalidade dessas situações. Usando uma linguagem de sinuca, dá pra aproveitar os vacilos dos mandantes e “encaçapar uma bela bola sete no buraco do canto”. Que me perdoem Campinense e Ypiranga. Os grandes são Santa e Náutico. Camisa não ganha jogo, bradarão alguns. Só se você for fraco e não se impuser. Na lei da vida, o melhor vence o pior. Façam supremacias imperarem.
Claro que pode dar errado. Estamos falando de futebol. Nesse esporte não existe lógica. Apenas tendência. Mas é necessário um trabalho coerente, que seja embasado em conceitos táticos compatíveis com o elenco e definições defensáveis, na composição do grupo e na escalação do time titular. Pois bem. Esse é o Retrô. Seguindo a sua cartilha de um futebol propositivo, focado no rendimento eficaz e em busca dos objetivos predefinidos. O maior, desde o nascimento: chegar à Série C. Mais uma vez tá no caminho certo. Fez, no sábado, mais uma vítima. 1x0 no Bahia de Feira. Garantiu, invicto, a primeira colocação do grupo, com duas rodadas de antecedência. São 07 vitórias e 05 empates. Mais maduro, segue a teoria correta pra subir. Que comecem os mata-matas.