Santa Cruz perde para o Iguatu, é eliminado da Série D e corre risco de ficar sem divisão (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Os sete pecados capitais
Terrível o ano de 2023 para os tricolores. Perdeu o Estadual. Perdeu a vaga para a Série D 2024. Perdeu a vaga pro Nordestão (não disputa nem a pré-classificatória). E perdeu a vaga para a Copa do Brasil 2024. Nada aconteceu por acaso. Confira os sete principais erros do clube: 1) Escolheu o presidente errado. Numa decisão de última hora, alguns mentores tricolores colocaram Antônio Luís Neto na cadeira presidencial, espaço definido, até a véspera da aclamação, para Mirinda. E ignoraram, sem justificativas coerentes, a expressão “manobra política”; 2) Configurou, equivocadamente, um Depto. de futebol sem um Executivo ou um Vice Presidente no comando. Optaram por um consultor e um coordenador. Quem mandava em quem? Quem comandava efetivamente o futebol do clube?; 3) Contrataram o treinador errado. Felipe Conceição, após rebaixar o Náutico no ano passado, colaborou diretamente para a desclassificação tricolor na Série D; 4) O presidente isolou-se politicamente, esnobando apoio de vários nomes importantes da história coral. 5) O mesmo presidente cometeu erros grosseiros de logística, complicando o acesso aos jogos, afastando os verdadeiros torcedores do Arruda e permitindo que marginais transitassem livremente nas dependências do clube, ameaçando e coagindo os jogadores. 6) Voltou a contratar errado o comandante da comissão técnica. Desta vez, optou por um treinador que jamais militou no nosso futebol e que teria dez dias e dois jogos decisivos pela frente; 7) Perdeu uma “decisão de Copa do Mundo” contra uma equipe que entrou em campo para um mero amistoso. A derrota para o Iguatu, escancarou a falta de qualidade e a total descontextualização por parte do elenco, no tocante ao momento coral. Além disso, colocou a “cereja do bolo” evidenciando a incompetência dos comandantes do clube, nas suas respectivas funções. Resultado: missão não cumprida. Estão aí os principais componentes do fracasso dessa gestão. Mas, só uma ressalva. O cada vez MAIS QUERIDO, jamais será um “ex-grande clube”, antes que alguém pegue carona nesse momento e fale ou escreva bobagens.
…Precisa-se de ingredientes consistentes. Senão, a sopa vira água. O Náutico sentiu mais uma vez isso na pele. Sem um centroavante goleador, um meia que tenha regularidade nas atuações e uma zaga consistente, o Náutico vai utilizando o Caldeirão dos Aflitos aos “trancos e barrancos”. Vai oscilar, jogar bem, jogar mal… Contra o Remo, por exemplo, foi mal. E assim será, até que supra essas escancaradas deficiências. Se não conseguir se reforçar, deve subir, mas apoiado na superação do grupo e no vacilo dos adversários.
De volta para o futuro
Estava límpido. Transparente. Céu de brigadeiro. Bela temporada, título estadual, vice regional, estabilidade e rendimento na Série B. De repente, tudo ficou turvo, nebuloso e desencorajador. Em quatro jogos, três derrotas. E na penúltima rodada do Turno. Na última, tinha que mudar o paradigma. Voltar ao G4 classificatório. Fechar a primeira metade da competição, na zona de classificação. Venceu o Sampaio e resgatou o presente. Encheu de esperança e voltou a acreditar no futuro. Pegando carona com Spielberg, o Sport está “De Volta ao Futuro”.
Jogaram pelada?
A observação de Ricardinho na transmissão de Grêmio x Atlético foi pertinente. Os caras da FIFA que reescreveram as regras do futebol não bateram pelada na vida. Em algumas jogadas torna-se absolutamente impossível tirar o braço da trajetória da bola. E os caba insistiram: “não interessa: bateu na mão, é pênalti”. Parecem querer dizer com ironia: “Se não der pra tirar o braço da trajetória, amputa!”. Têm que reservar uma cela, com “c” pra colocá-los dentro. Se preferir, pode ser uma sela com “s”. Aí, coloca eles embaixo…