Culpado? O futebol!
Página cruel escrita no futebol pernambucano. Crudelíssima, com todos os requintes. E atingindo, de uma só vez, dois clubes. E uma grande torcida. O roteiro foi implacável. O Retrô saiu na frente do placar, ficou com um homem a mais. Sofreu o gol de empate. Ficou com dois a mais. Fez 2x1. E sofreu novamente o empate. No último minuto do jogo. Na decisão por pênaltis, ficou em vantagem, perdeu a vantagem e foi desclassificado no final. Seguindo o manual, quem é o culpado? Prendam o culpado! Os zagueiros que perderam pênalti, o treinador, o presidente? A cobrança mais lúcida recai sobre o goleiro Jean. E em quem apostou nele. Apontem-me um (ir)responsável para pagar a conta. Só lembrando que, ao vilanizarmos alguém dentre os derrotados, automaticamente estaremos heroicizando algum dos vencedores do outro lado. E como os maranhenses foram heróicos! Prefiro enaltecer a proeza deles ao invés de pegar algum aurianil “pra cristo”. Querem culpar alguém? OK. Culpem o futebol. Mas só no nosso Estado, tá? Tem um povo, um pouco mais ao norte, enaltecendo, comemorando e agradecendo por existir esse mesmo bandido chamado FUTEBOL.
O pulso pulsa
O Náutico poderia ter vencido o Brusque. Abriu vantagem duas vezes no marcador. Mas voltou a cometer erros bobos e cedeu o empate. O resultado, pelo que aconteceu no jogo, foi frustrante. O ponto conquistado, todavia, foi revigorante. A esperança está mantida. Decisão dramática à vista. Com os dois times brigando diretamente pela classificação, Náutico x São Bernardo irão fazer história, sábado, nos Aflitos.
Magnífico x Miserável
Podia ser estupendo e estúpido. Fabuloso e fracassado. Memorável e medíocre. Os adjetivos colocados servem apenas para enfatizar o contraste entre o Sport atuando na Ilha e fora dela. Impressiona a mudança de personalidade do time. A convicção do acesso rubro-negro à primeira divisão é diretamente proporcional à certeza de que o caminho poderia ser bem mais tranquilo se Enderson Moreira conseguisse repassar a segurança, a confiança na própria força, que os jogadores leoninos perdem, ao atuar longe dos seus domínios.
De corpo e alma
Com a eliminação do Retrô, o calendário do Santa será reduzido em 2024. Contará, apenas, com quatro meses de atividades esportivas oficiais. Para evitar que isso se repita em 2025, precisa passar da primeira fase no Estadual. Terá, então, que montar um time barato e competitivo o quanto antes. As eleições acontecem apenas em dezembro. Seria equivocado pensar que se elas fossem antecipadas, o clube ganharia três meses para preparar mais adequadamente uma equipe? O Santa estaria usufruindo de uma das poucas vantagens possíveis, ante os adversários: o TEMPO. Pra isso, o atual presidente tricolor teria que tomar a iniciativa de antecipar as eleições. Estaria ele disposto, após tantos insucessos, a dar uma última demonstração de que é, de verdade, um tricolor de corpo e alma?
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