Assembleia geral do Fortaleza transformou o clube em SAF (Foto: Mateus Lotif/FEC)
A SAF do Fortaleza
A assembleia geral do Fortaleza transformou o clube em SAF. Em conversa com o diretor executivo e líder da indústria de esportes e entretenimento na EY Brasil, Pedro Daniel, fui entender sobre esse modelo aprovado no clube cearense. A inspiração veio no Bayern de Munique: 75% das ações são do clube e os outros 25% são divididos em três empresas, Audi, Allianz e Adidas, com 8,33% cada. Assim, o clube recebe o dinheiro do investidor, mas o voto majoritário é dele. Por outro lado, com a presença das três empresas acaba aumentando o nível de exigência, de governança, forçando uma gestão mais robusta. Até por conta do compliance destas empresas. Neste primeiro momento, o Fortaleza não abrirá para investidor. Para Pedro Daniel, o clube acertou na sua reestruturação e que serve de referência para a região. “O desenho pensado respeita e perpetua os processos, a governança e a mitigar os riscos”. Para ele, os clubes pernambucanos acabaram não acompanhando a velocidade de transformação do futebol brasileiro. Clubes como o Ceará (que fez um trabalho interno significativo) e Bahia (que está dentro de uma grande holding do futebol mundial) estão na frente de Sport, Santa Cruz e Náutico. “O futebol pernambucano vem perdendo o terreno se comparado a estes estados. Porém, mais importante que ser SAF é como está estabelecida a governança dentro das gestões. Os clubes precisam conhecer suas realidades, mas devem acelerar seus processos para que não percam terreno com seus rivais da região”, completou.
Diferente de outros países, o futebol brasileiro tem um número de clubes bem expressivo e questionei Pedro Daniel se não poderíamos ver um investidor em duas SAFs. Segundo ele, o que não pode é ser controlador de duas SAFs que participem da mesma competição. “Ele pode ser majoritário em um e minoritário em outro”.
Proteção ao clube
E como proteger o clube caso o sócio majoritário queria revender a sua parte? De acordo com Pedro Daniel, o grande instrumento de proteção é o acordo de acionistas. “Precisa ser bem organizado, definindo, por exemplo, se pode sair no curto prazo, se tem cláusula de veto para os sócios ou como se daria a aprovação por todos os sócios”, explicou.
Jairo Rocha
Jairo Rocha será fundamental para que possa fazer uma transição tranquila no Santa Cruz. O novo presidente tem o perfil conciliador, importante neste momento do Tricolor. Já falou em transparência e união no clube, além de acelerar o processo para antecipar a eleição.
Craque e competente
Em tudo que toca vira sucesso. Secretária Executiva de Esportes Educacionais da Prefeitura do Recife, Yane Marques comanda os Jogos Escolares Municipais. Tenho enorme admiração e respeito pela grande atleta, sempre representando com dignidade a nossa bandeira, e agora como gestora pública. É craque no que faz e vai conduzir com competência sua missão na PCR.