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Léo Medrado: 'Querido Diário, voltarei ao ano de 1988, minha primeira viagem internacional'

Ainda iria agradecer muito ao Garganta de Aço durante a minha trajetória

postado em 15/12/2023 09:20 / atualizado em 15/12/2023 11:41

<i>(Foto: Arquivo)</i>
Querido Diário…
… Hoje voltarei ao ano de 1988. Minha primeira viagem internacional. Fui escolhido por Roberto Queiroz para ser o repórter que o acompanharia até Lima, para fazer a transmissão dos dois jogos do Sport na Libertadores. Mas antes de desembarcar na capital peruana, uma acirrada disputa aconteceu nos bastidores da Rádio Jornal, para a escolha do chefe sobre quem teria o privilégio de acompanhar o time rubro-negro na sua primeira disputa da maior competição de clubes nas Américas. Tinha sido o repórter no jogo diante do Bangu, na batalha de Moça Bonita. Cobri, então, a final do Brasileirão contra o Guarani “fazendo pista” (relatando o lance) no gol de Marco Antônio. Roberto, então, após dias de suspense, optou por mim. Foi estranho desembarcar no Peru ao lado de jogadores com quem tinha jogado dois anos antes, casos de Flávio (goleiro) e Nando, com quem disputava a posição, além do saudoso amigo Augusto. Poderia estar de chuteiras, pensava eu. Mas transbordava de felicidade ao constatar que começara bem na nova carreira. Em Lima, derrota para o Universitário por 1x0, na terça. Na sexta, vitória sobre o Alianza (gol de falta de Betão). A torcida inconformada quebrou os basculantes dos vestiários e fiquei ilhado, ao lado dos jogadores do Sport, no centro do gramado. Numa partida extremamente conturbada, tumultuada, arbitragem tendenciosa e segurança que beirava a zero. Jamais me esquecerei do jogo, da viagem, da experiência. Obrigado! Muito obrigado amigo Roberto. Ainda iria agradecer muito ao Garganta de Aço durante a minha trajetória…

Causos na Coluna
Sempre às quartas feiras, contarei as histórias referentes aos grandes jogos e as grandes viagens que tive oportunidade de fazer ao longo desses 35 anos. Grandes causos, momentos inesquecíveis. E um nome sugestivo no título: Querido Diário! Até porque, o DP esteve presente em todos esses jogos e contou a história deles.

Pela culatra
Se a FPF tentou ajudar o Santa, na confecção da tabela, para facilitar a volta tricolor para a Série D… pisou na bola! A intenção da Federação pareceu-me fazer com que Schulle e Cia iniciassem o campeonato pegando os times mais difíceis logo de cara, para enfrentá-los ainda desarrumados e sem o condicionamento físico ideal. Não faria assim. O risco é muito grande de levar uma grande traulitada na sequência contra Salgueiro (fora), Sport, Retrô e Náutico. Se não pular essa fogueira o Santa terá enorme dificuldade em passar pelos concorrentes diretos à quarta vaga, enfrentando três deles, Porto, Petrolina e Central, fora do Arruda. Evandro… presta atenção no serviço!
 

Números vetam?
Os analistas de desempenho exercem, nos dias atuais, papéis de fundamental importância para definir as contratações dos reforços. Quem está no mercado indicando Love, por exemplo, ressalta que o atacante marcou trinta gols e deu onze assistências pelo clube que defendeu mais recentemente, o Sport. Belos números que estimularão a contratação dele. E os números negativos? Vetam os reforços? No último clube que defendeu, Ray Vanegas atuou seis vezes com a camisa do CSA. Quatro delas, como titular. E marcou… zero gols! Diante desse terrível rendimento, uma pergunta é iminente: Por que, baseando-se em que, o Náutico, que tem adquirido bons reforços e que está montando um bom grupo, diga-se de passagem, contratou o atacante colombiano?

Enorme risco
O Sport aposta na efetivação de Alan Ruiz. Após uma temporada acreditando na criação, assistências e finalizações de Jorginho, Soso e companhia voltam às atenções para o meia argentino. Aliás, o argentino “menos argentino” que conheço. Tá mais para um lorde inglês. Raça, fibra, gana, quase zero. Nesse item, Jorginho já não era lá essas coisas. Mas tinha lampejos. Com Ruiz, a tendência é piorar na “entrega” dentro das quatro linhas. São três calos que incomodarão bastante o torcedor, caso não haja, efetivamente, contratações no nível de Luciano Castan. O goleiro, o meia de criação e finalização (único item defensável de Alan) e o atacante matador

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