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COLUNA

Léo Medrado para Evandro Carvalho: 'Você está ameaçando uma classe inteira'

Léo repercute artigo escrito pelo Presidente da Federação Pernambucana de Futebol

postado em 22/01/2024 09:16 / atualizado em 22/01/2024 09:34

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)</i>
Carta aberta ao presidente

Ao ler o artigo publicado pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, ao jornal “O Poder”, ainda em estado de incredulidade sob o efeito dos absurdos escritos por ele, enviei-lhe uma mensagem, pelo WhatsApp. Antes mesmo da enorme repercussão nacional que o pronunciamento provocou. Eis a mensagem na íntegra a mensagem. “Busco coerência e sempre lhe dei atenção e mantive o respeito pela pessoa Evandro, acima do cargo de presidente. A sua medida e a forma como você se reporta nesse texto mostra um Evandro que até então eu não conhecia. Seu entrave pessoal com alguns jornalistas ultrapassou todos os limites, atingindo uma classe que só corroborou para que o futebol do nosso Estado atingisse a grandeza e a respeitabilidade que lhe é de direito. Lamento a sua postura e a forma como você tenta defender “essa bandeira”, erguida lá no Paraná, por um ditador que só pensa em dinheiro advindo de todos os lados. Emissoras de Rádio “pagando” pra trabalhar é como se o empregado remunerasse o patrão. Somos eternos serviçais do futebol do nosso Estado. Fui induzido por incontáveis convocações feitas pelos locutores a direcionar-me pros estádios. Na verdade, fazemos “propaganda gratuita” de tudo o que acontece no nosso futebol. Porém, ao contrário do que existe por aí, não deixamos de relatar os intermináveis equívocos cometidos pelas nossas gestões, seja em clubes ou na Federação. Reflita bem sobre o que você escreveu. Você está convocando as federações para uma guerra. De todas as suas atitudes, essa é, de longe, a mais inconsequente. Lamento que não haja ninguém no seu convívio interno para alertá-lo sobre os desdobramentos dessa atitude. Você está ameaçando uma classe inteira, Presidente. Existem profissionais incompatíveis com o cargo em todas as profissões. Na nossa, não é diferente. Mas radicalizar ameaçando e prejudicando empresas de comunicação, além de uma classe inteira, é extrapolar numa atitude cujo encaminhamento e desdobramento poderão não ter volta. Diminuem consideravelmente os motivos para apoiá-lo no cargo que você exerce. Pense nisso”. A partir desta data, após a constatação da absoluta falta de equilíbrio, bom senso e responsabilidade, afirmo que torcerei, e farei o que estiver ao meu alcance dentro das minhas funções, para que um novo nome comande o nosso futebol o mais breve possível.

 

Lição pra Soso

 

Simplificar! O sistema de jogo preferido é o 3-5-2? Tudo bem! Mas, não força. O encaixe carece de entrosamento. E não há tempo suficiente pra isso. Então, segura a onda e faz o simples. Dois volantes, um meia (ou um volante e dois meias), dois atacantes pelos lados e um centroavante. Isso é, um 4-3-3 raiz. Na boa? Caíque no gol. Ramon e Felipinho nas laterais. Thyere e Castan, na zaga. Fabinho, Felipe ou Matheus e Romarinho, no meio. Athur Caíque ou Fabrício, Coutinho e Pablo, no ataque. Alan Ruiz e Rosales? No máximo, um bom banco pra eles.

 

Lição pra Schulle

 

Personalize! Definiu o seu “onze titular” e a forma dele jogar? Então escale ele, mantenha, treine e dê confiança pros titulares. Inventa não, véi. Tirou Thiaguinho e colocou Welisson, pra segurar o Sport. Tomou 1x0. Colocou Thiaguinho, empatou. Tirou um atacante pra botar um volante. Tomou o segundo. Esse time do Santa precisa ganhar confiança. E isso tem que partir do treinador. Se ele demonstrar qualquer insegurança, o grupo acusará o golpe.

 

Lição pra Aal

 

Frustração! Esse foi o sentimento demonstrado ontem pelos torcedores (quase dez mil) nas breves vaias, após o empate diante do Maguary. Criou pouco, pressionou menos ainda e finalizou mal. Contra o Central e o Santa, o sarrafo vai subir. E o futebol alvirrubro precisará crescer tanto quanto. Só não concordo com Aal quanto ao “desgaste físico” enaltecido todo o tempo por parte do treinador. Na terceira rodada?