Esportes DP

COLUNA

Beto Lago: 'Desempenhos fracos que passam pelas limitações do elenco do Náutico'

Para respirar, Allan Aal precisa vencer e convencer, se vier dois tropeços, pode virar a semana fora do Alvirrubro

postado em 20/02/2024 11:00 / atualizado em 20/02/2024 11:00

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)</i>
Pisando na bola
Mais uma partida do Náutico e o rendimento segue sofrível. Contra o Retrô, outra exibição preocupante. São desempenhos fracos, que passam pelas limitações do elenco, principalmente ofensiva. Aqui, a parcela de culpa é de quem montou o grupo e que deverá sofrer mudanças se olhar para um Brasileiro da Série C, aumentando a folha salarial. Porém, o trabalho de Allan Aal tem uma parcela maior. São mais de dois meses de treinos e partidas, sem apresentar uma ideia tática, um padrão de jogo. As explicações do treinador não convencem. Voltou a falar de cansaço e detalhe: se o time está “cansado, sem ter como render na reta final”, a responsabilidade é do seu auxiliar, o preparador físico Juvenilson Souza. Por sinal, foi Allan quem trouxe o profissional. Não dá para ficar escorado nesta história de calendário. O Náutico está sempre perdendo a “perna” na reta final dos jogos. Para quem se preocupa tanto com cansaço, como esquecer de fazer a quinta mudança contra o Retrô com tantos atletas exaustos em campo? Não rodou o elenco e segue apostando em peças que não estão dando certo. O torcedor espera que a Timbu entre nos eixos. O problema é a dura sequência de jogos: Vitória, no Barradão, e Sport, nos Aflitos. Para respirar, Allan Aal precisa vencer e convencer. Se vier dois tropeços, pode virar a semana fora do Alvirrubro. 

Sonhando com o segundo lugar
No primeiro tempo, um Santa Cruz pouco criativo e com falhas individuais. No segundo, entrou em campo “outro” time, que massacrou o Afogados no Arruda. Vitória por 5x1, com os cinco gols com bolas trabalhadas pelos lados. O meia Matheus Melo faz falta, mas João Pedro foi bem na posição. A vitória mantém o Tricolor com chances de chegar ao segundo lugar. Terá que vencer o Central, em Caruaru, e torcer por tropeços de Retrô e Náutico. Será que chega, torcedor coral?

Dependência técnica 
O técnico Roberto Fernandes tem feito um bom trabalho no setor defensivo: já são cinco jogos sem tomar gols. Mas, lá na frente, faz falta o meia Fernandinho. É uma incrível dependência técnica. Mesmo vencendo, o Retrô vem sendo pouco efetivo ofensivamente. 

Os rebaixados
O rebaixamento do Porto era certo, ao montar um time de garotos, com folha abaixo de R$ 30 mil/mês. Já o Flamengo de Arcoverde foi no sacrifício, após a desistência do Salgueiro, com uma semana para montar elenco. Pagou um preço caro demais pelos erros do Carcará e da própria FPF, que demorou em oficializar a saída do time do Sertão na competição. 

Só sofrimento
Jogo no Arruda é um martírio para a torcida coral entrar no estádio. Na quarta, nada de metrô após o jogo entre Sport e Fortaleza, na Arena de Pernambuco. Ser torcedor no Estado é sofrer antes, durante e depois de cada jogo.

Tags: nautico coluna beto lago desemepenho baixo allan all treinador