Capa deste mês da Revista Placar, o garoto Endrik fala sobre os primeiros passos como profissional e o apoio incondicional que recebeu do técnico Abel Ferreira. O jogador recordou que o treinador do Palmeiras tem uma filha na mesma idade e também relembrou o momento em que ficava no banco, enquanto todos pediam sua escalação. Os motivos foram ditos pelo garoto: não estava bem nos treinos e, principalmente, de cabeça. A declaração apoiando a ação do seu treinador foi um tapa na cara de quem trabalha na imprensa esportiva: precisamos olhar e entender o que pensam seus treinadores. Abel Ferreira foi questionado e criticado por cronistas. Ele trabalhou como um gestor de pessoas, não colocando a cabeça do garoto a prêmio para a imprensa. Soube segurar as pancadas ditas por nós jornalistas. Aqui, temos dois jovens talentos, nesta mesma faixa etária, que buscam seus espaços: Pedro Lima, no Sport, e Thalissinho, no Náutico. Sempre acreditei que o lateral rubro-negro seria útil ao clube, pesando a seu favor sua passagem pela Seleção. Já o atacante alvirrubro, com uma habilidade invejável, vem sendo questionado por ter ficado ainda no banco - inclusive por este colunista. Espero que os treinadores Mariano Soso e Allan Aal tenham a mesma capacidade emocional para gerir os bons e os maus momentos. Acredito no talento dos garotos. Pedro Lima mais realidade hoje que Thalissinho. Darei meu voto de confiança neste trabalho das comissões técnicas. Sport e Náutico possuem duas joias que precisam e devem ser lapidadas. Como atletas e, principalmente, como homens. E nós, como cronistas esportivos, precisamos aprender a entender os motivos de escalar ou não esses garotos.
Vira vira
Em ritmo de Quarta-feira de Cinzas, o Sport fez um jogo sofrível, mas venceu na Copa do Nordeste. Nos três jogos do Nordestão saiu atrás do placar. Não segurou o empate contra o Bahia. Foi feliz contra o Treze. E diante do Itabaiana, veio a segunda virada. É bom enfatizar que o Leão não fez um bom jogo, foi desorganizado contra um time fraco, que não queria jogar após fazer o gol. A vitória veio pela qualidade dos seus jogadores em relação ao rival.
Empate em casa
Primeiro, a notícia boa para o Náutico. A Câmara de Arbitragem definiu que o Consórcio Arena de Pernambuco irá pagar ao clube R$ 3,5 milhões pelos custos com a reforma dos Aflitos. Sobre o jogo, o Timbu ficou no 0x0 no clássico regional contra o Ceará. O primeiro tempo foi de início nervoso, com muitos erros de passes e Vágner salvando em dois lances. Depois que acalmou, o Timbu cresceu e a trave salvou os cearenses em duas oportunidades. Na segunda etapa, o Náutico foi melhor e merecia fazer o gol, mas o goleiro Richard pegou tudo. Empate nos Aflitos nunca é bom para uma fase de tiro curto. Tem que recuperar pontos fora de casa.
Cara de decisão
As equipes com as melhores defesas. Santa Cruz e Retrô tem tudo para ser um grande jogo, com cara de decisão. Quem vencer dará um passo decisivo para garantir o calendário nacional em 2025. E entra firme na briga por uma classificação direta para as semifinais.
