O clima de rivalidade entre as torcidas foi grande (Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)
Bom aperitivo
O futebol pernambucano e suas contradições. Dentro de campo, emoção grande para definir os finalistas. Fora dos gramados, um problema a cada rodada. Aqui, prefiro falar do que vimos, com duas semifinais quentes, decididas nas penalidades. O clima de rivalidade entre as torcidas foi grande. Joga por terra a história de que o “Estadual serve apenas como preparativos para nossos clubes”. Sport e Náutico fazem a 20ª final na história dos dois times. Eliminaram Santa Cruz e Retrô, respectivamente. Dois times que estavam até certo ponto mais “arrumados” que seus rivais. Porém, ficaram no meio do caminho. Amanhã, teremos um bom aperitivo, quando rubro-negros e alvirrubros entram em campo para a disputa da sexta rodada da Copa do Nordeste. Como estamos a pouco mais de 10 dias para o primeiro jogo da final, é provável que os treinadores Mariano Soso e Allan Aal (cada um sofrendo pressão de seus torcedores) venham fazer experimentações e até mesmo poupar quem se desgastou nos jogos de sábado e domingo. Porém, nem o Leão e muito menos o Timbu podem colocar esta partida de lado. Ambos precisam da vitória, de olho na classificação do torneio regional. Ficar em primeiro garante os duelos das quartas e semifinais em casa. Não espero por jogo amistoso. Será uma boa prévia, um esquenta para as duas partidas finais do Estadual.
O jogo entre Sport e Santa Cruz, sábado, teve a quebra de recorde de público na Arena, mas também marcou outro recorde, com a infeliz marca de 13’42 na análise de um impedimento pelo VAR no gol do Leão. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, alegou problemas na internet da Arena. A estrutura do VAR não deveria ir para a Arena. Tem que ter ficado na sede da FPF.
No mundo da ilusão II
No domingo, O VAR aparece no jogo Retrô e Náutico. Foram 4’30 em outro impedimento (gol da Fênix) muito fácil de se analisar – basta olhar a marcação do gramado. Evandro Carvalho falou que está dentro da média do País, o que não é verdade. A média nacional é de 1’38, segundo reportagem do programa Esporte Espetacular, da Globo, no próprio domingo.
Não demitiria
Não teria tirado o técnico Roberto Fernandes. O trabalho dele credenciava o clube como favorito ao acesso. Com 70% de aproveitamento, apenas dois gols sofridos em 10 jogos, sendo eliminado nos pênaltis para Fortaleza (Copa do Brasil) e Náutico (Estadual). Colocou o clube na Série D e Copa do Brasil do ano que vem. Só algo de errado nos bastidores poderia mudar minha opinião. Os números são todos favoráveis ao treinador.
Faixa no estádio
A faixa da organizada na Arena de Pernambuco foi um erro de quem permitiu. Ainda mais que nela constava o escudo do Sport. Esse rompimento precisa ser total e irreversível. Inclusive para ajudar na defesa do clube no julgamento que acontece no pleno do STJD.