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COLUNA

Léo Medrado: 'Itamar Schülle mostrou a muito treinador por aí o que é ser um homem de palavra'

A atitude de Schulle para ser emprestado pelo Santa Cruz ao Retrô somente na condição de regressar ao Arruda em 2025, não me surpreende

postado em 22/03/2024 09:12

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)</i>
O preço da palavra
Ricardo Texeira marcou um almoço num espaço chique visando convidar Muricy Ramalho para comandar a Seleção Brasileira. Contrato recém renovado com o Fluminense, Muricy sentou-se à mesa com o Presidente da CBF, que foi  logo colocando suas ideias, planejamento de trabalho e condições  financeiras para o treinador. Ao término do encontro, boquiaberto o dirigente ficou atônito e saiu incrédulo ao ouvir um sonoro ”não” por parte de Ramalho. Afinal, como pode um técnico recusar proposta para comandar a Seleção Brasileira? Anos depois, no Craque CBN, perguntei a Muricy porque ele rechaçou o convite. A resposta dele? “Dei minha palavra pro Presidente do Fluminense dizendo-lhe que cumpriria o contrato até o fim”. Pois é. Sou dessa geração. A atitude de Schulle para ser “emprestado” pelo Santa  ao Retrô somente na condição de regressar ao Arruda em 2025, não me surpreende. Bruno Rodrigues foi correto com ele. Firmou contrato até o fim do ano mesmo diante da perspectiva de só ter receita pra remunerá-lo até março. Schulle, então,  retribuiu a retidão. Mostrou a muito treinador por aí o que é ser um homem de palavra.

Bronca I
Foi instantânea e contundente a reação dos rubro-negros quando saiu a escalação do Sport para o clássico. Mariano Soso escalou apenas três titulares (Pedro Lima, Felipinho e Lucas Lima) e foi detonado nas Redes Sociais. Nenhuma justificativa é defensável quando se coloca o time reserva num clássico, principalmente em se tratando de um jogo decisivo. Mariano está criando sarna pra se coçar. Se era barulho e polêmica o que ele queria, conseguiu. A vitória era muito importante. E Soso pareceu desdenhar ou não entender o tamanho dela.

Bronca II
No caso de Allan Aal, o problema tá na falta de ousadia. Enfrentar o Sport com apenas três titulares, exigia mais impetuosidade. Mais audácia. Jogar com três volantes e um lateral como ponteiro foi falta de coragem. O Náutico não joga bem. Herda resultados circunstanciais. Ganhou do Retrô sendo inferior ao adversário. Perdeu em casa para Botafogo e River por falta de intensidade. De entrega. Não à toa a torcida gritou “time sem vergonha”. Allan precisa fazer o time criar, render, JOGAR! Thalissinho perde gols? Sim. Mas chega com perigo. Vai pra cima. Entra na área. Ao invés de barrar, orienta. Não bota pra provar que ainda “tá verde”. Patrick Allan? Enquanto “Seu 10” não vem, tira ele do time não, véi... Mostra tua cara, Aal. Mostra o teu jogo. Antes que seja tarde.

Humm…ele tem razão?
“Se depender da ação dos treinadores, o resultado será injusto pra quem ganhar o campeonato” Rodrigo-torcedor, no Léo Medrado & Traíras.

Muito cacique…
O Retrô tem muito cascudo no elenco. São vários jogadores experientes, rodados, e naturalmente, muitas opiniões distintas. Não levaria Toti não. Tem muito capitão pra pouco soldado.

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