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COLUNA

Léo Medrado: 'Mariano Soso hoje demonstra ter 13 titulares no Sport'

A contratação de um pitbull é fundamental para o acesso

postado em 15/04/2024 09:06 / atualizado em 15/04/2024 09:18

<i>(Foto:  Rafael Vieira/FPF)</i>

Os 13 titulares
Caíque; Pedro Lima, Thyere, Castan e Felipinho; Felipe, Fabrício, Allan Ruiz e Lucas Lima; Coutinho e Romarinho. Finalmente temos um time titular na Ilha. Na 24a partida, pela primeira vez, uma escalação é repetida. Mariano Soso chegou com um discurso em que apregoava um grupo com 30 titulares. E foi rodando o time. O Sport passou por maus bocados. Perdeu feio pro Retrô quando ele insistiu num 3-5-2 inadequado para os jogadores que dispunha. Os zagueiros e os volantes não se adaptaram. Voltou ao clássico 4-3-3 e o time começou a engrenar. Vieram alguns percalços como a pífia atuação contra o Bahia e a derrota para o Náutico. Mas o time evoluiu e bateu metas. Campeão Pernambucano (Bi), semifinalista da Copa do Nordeste e classificado na Copa do Brasil. Mesmo assim, Soso ainda não é unanimidade. Mostra insegurança na hora de mexer no time. E na indefinição sobre os onze titulares, os próprios atletas ainda não renderam tudo o que sabem e podem. Oscilam de rendimento jogo a jogo. Coutinho, Romarinho, Allan Ruiz, Barletta, Pedro Lima, Felipinho… todos são tremendamente irregulares. Inseguros, abusam de perder gols aparentemente marcáveis nas CNTP. Mas, confesso, já não tenho tanta rejeição ao trabalho dele. Aos poucos, a equipe foi encaixando e tem condições de bater as principais metas do ano. Acesso e título da Copa do Nordeste. Mariano hoje demonstra ter 13 titulares. Além dos onze acima escalados, Barletta e Zé Roberto entram sempre. Em todos os jogos. E dão conta do recado. Mas fica um alerta. Yuri e Cia: contratem um volante. O Sport precisa de um cabeça de área. Felipe é um engodo. Não pega ninguém. Vejam o gol de Recalde do Ceará. Felipe simplesmente desiste de marcá-lo. Pra mim, Fabinho ainda é mas eficaz. Mas a contratação de um pitbull é fundamental para o acesso.

Sobre Itália e Santa Cruz
Itália fora das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Há muitos anos defendo a tese sobre a injustiça que paira sobre as seleções europeias no tocante à classificação pra Copa do Mundo. No velho continente, a conquista para uma vaga no mundial é muito mais árdua. Aqui na América do Sul é uma baba. “ O Brasil é o único país a disputar todas as Copas do Mundo”. Também… jogando contra Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. Taí uma constatação que não me traz orgulho algum. Pelo contrário. Provoca  constrangimento de ver seleções muito mais qualificadas serem eliminadas em competições bastante desiguais. Lembro desse fato pra justificar o conceito que tenho quanto às classificações para as competições em nível nacional. Santa Cruz fora da Série D. Teremos na competição três representantes do RGN: América, Potiguar e Santa Cruz. No Ceará, Atlético, Iguatu e Maracanã. No Piauí, Altos, Fluminense e River. Aqui em Pernambuco, somente duas vagas. Não me interessa se a FPF caiu pra 10a federação do ranking nacional. Falo sobre justiça. Aqui, temos quatro times que brigam efetivamente pelo título. A disputa pelas vagas pra Série D são bem mais acirradas. Deveríamos ter, pelo menos, mais uma vaga pro nosso Estado. Hein, Evandro?!

Por falar em Série D…
… O Retrô vem forte. Tem a melhor estrutura que todos os demais 63 times disputantes. Tem uma das maiores folhas. E um dos melhores elencos. Possui um dos melhores e mais preparados treinadores. Fortíssimo candidato ao acesso. Mas vai ter que quebrar o paradigma do sucesso. Lograr êxito nos momentos decisivos. É obter a primeira conquista. As demais, serão consequência…

Preocupante
Caiu o treinador. Caiu um diretor. Qual a diretriz do Náutico? Sai Allan Aal e entra Mazola. Por que? Qual o critério? Cai um diretor mas os outros dois permanecem. Por que? Qual o critério? São as mesmas perguntas, ainda sem as respostas defensáveis. Convincentes. Na queda de Aal, os dirigentes saíram atirando pra todo lado em busca do substituto. E trouxeram, sem uma conversa presencial, um treinador que estava parado há um ano. E a saída de Eduardo Henriques? Deixou o clube por uma divergência de 150 mil quanto à folha? Ah! Para com isso! Demite Leandro Bárcia que a diferença já cai pra menos de 100 mil. E Léo Franco? Executivo de Futebol… um grande profissional tolhido nas suas atribuições por não ter a liberdade de escolhas, de definições. Define tua linha de ação, Náutico. A Série C é logo ali…

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