O Sport conquistou uma grande vitória, fora de casa, diante do Náutico, no jogo de ida da final (Foto: Rafael Vieira/P)
Sport Campeão!
Não acredito em algo diferente desta constatação. O futebol é o esporte mais imprevisível do planeta, mas ouso desafiá-lo. Os dois times chegaram a essa final com uma desigualdade técnica muito grande. Somente uma postura de extrema superação, calcificada pelo apoio incondicional dos alvirrubros nos Aflitos, poderia equilibrar a decisão. E isso não aconteceu. Jogando na Arena lotada por rubro-negros, o Náutico entrará em campo para cumprir tabela e entregar as faixas aos jogadores leoninos. É preciso, antes de mais nada, dizer que o título ficou em boas mãos. O Sport foi o melhor na primeira fase e só claudicou no primeiro jogo das semifinais contra o Santa. A falha na barreira e o gol de Felipinho resolveram. No clássico de sábado, Caíque não foi citado. O Sport fez dois, perdeu três e ainda teve um polêmico gol anulado. Comprovou, em campo, a sua superioridade. Quanto ao Náutico, escancarou seus problemas. Saiu do jogo sem uma única finalização direcionada à meta adversária. Criatividade zero. Volantes limitadíssimos, meia improdutivo e ataque inoperante. Até a defesa mostrou a sua vulnerabilidade. Dowm Ten. Sem dúvida, esse time está entres os dez piores já formados na história do CNC.
O Náutico perdeu para o Botafogo PB, empatou com os reservas do Ceará e perdeu para o River. NOS AFLITOS! Só jogou bem no primeiro tempo contra o Maranhão. Nas demais partidas, o rendimento oscilou entre regular e sofrível. Apesar disso, a direção insistiu na manutenção de Allan Aal pelas “metas alcançadas”. A que preço? Classificou-se pra final no Estadual jogando menos que o Retrô. E passou de fase no Nordestão pela incompetência dos adversários no grupo. Na parada técnica de sábado, Aal ouviu desaforos do limitadíssimo Marcos Jr que cobrava postura ofensiva do time. Absurdamente, apesar de Caíque não ter feito uma única defesa, voltou sem mexer no time pro segundo tempo. E deu no que deu. Allan decepciona. E vai, sem deixar saudades, voltar a viver no “maravilhoso mundo encantado de Allan Aal”.
Quem vem lá?
Tirar Aal já foi difícil. Imagino a dificuldade que será pra diretoria alvirrubra definir o substituto. Com duas decisões em campo nos próximos dez dias, a direção tem que agir com prudência. Ter muita calma, ouvir atentamente as propostas, estudar os nomes e entrevistar pessoalmente os candidatos. Tem a Série C pela frente. A principal meta do ano precisa ser batida. Há somente uma bala e não se pode errar o tiro.
Absurdos
VAR marcando impedimento sem a menor convicção acelerando pra se livrar do problema. Marginais dentro do estádio chamando a polícia pra briga. Bêbado sacudindo copo de cerveja no gramado sem nenhum segurança pra repreendê-lo. E um cara invadindo o campo fumando maconha e cheirando cola… DUAS VEZES! E eu que pensava ter visto de tudo no futebol…