Sempre que posso, troco ideias sobre futebol com dois amigos muito especiais: os irmãos Krause. Ontem, Gustavo alertou-me a respeito de uma matéria divulgada no GE, relatando a ameaça que paira sobre a arbitragem de vídeo na Inglaterra. O Wolverhampton propôs e os 20 clubes da Premier League votarão no próximo dia 06 de junho a retirada ou não do VAR, na próxima edição do Campeonato Inglês. Pra extinção ser aprovada, serão necessários que mais 13, das 19 outras equipes, votem favoravelmente à proposta. A argumentação dos dirigentes do Wolves baseia-se em alguns distúrbios provocados pela utilização do equipamento. A interrupção descomedida, as interpretações equivocadas, e a “pequena melhora” na eficácia das decisões são os argumentos para a abolição do sistema no futebol inglês. Observe que estamos nos referindo a um dos equipamentos mais sofisticados dentre aqueles que são utilizados nas competições mundo afora. Diferentemente das máquinas disponibilizadas para os jogos no Brasil, lá existe uma tecnologia super avançada, que nos permite constatar, por exemplo, se um fio de cabelo está tirando a condição legal de um jogador numa avaliação sobre impedimento. Uma cortina d’água nos permite fazer a interpretação com uma margem de erro beirando à zero. Mesmo assim, os ingleses questionam se vale a pena. Sinceramente? Seria um grande retrocesso. Por mais defensor que seja do futebol raiz, os olhos eletrônicos da Intel (empresa responsável pelas transmissões da PL, NBA, NFL) com 38 câmeras em 4K em cada jogo, ajudam, e muito, a evitar que uma grande injustiça aconteça em campo. A questão não está na tecnologia e sim no material humano escalado, sem o devido preparo, para usufruir corretamente dela.
“Nunca foi meu jogador”
Palavras de Zé Neves desmentindo Homero Lacerda que afirmou ter alertado Emerson Leão, antes da decisão do Campeonato Pernambucano de 1987, sobre o “comprometimento” do zagueiro Eraldo com o ex-presidente tricolor. Eraldo marcou um gol contra e o Santa foi campeão. Zé esclareceu no Léo Medrado & Traíras que nem conheceu Eraldo pessoalmente. E que Homero “se empolgou no programa” ao dar tal declaração.
Oh, quarta feira ingrata!
Tristeza! Esse foi o sentimento que imperou na Imprensa brasileira no dia de ontem. Numa tenebrosa quarta feira perdemos três dos grandes nomes do jornalismo esportivo brasileiro. O narrador Silvio Luís nos alegrou durante várias manhãs de domingo na transmissão de Maradona e “Careconne” pelo Nápoli nos anos 80. E deixou deliciosos bordões que ecoarão por muito tempo no meio esportivo. Washington Rodrigues brilhou no Rádio carioca e brasileiro e ficou marcado por sair direto da cabine de Imprensa pra assumir o comando técnico do Flamengo, na gestão do também ex-cronista esportivo Kleber Leite. Antero Greco, tive o prazer de conhecer pessoalmente na ESPN. Um cara leve, sensato, de fala mansa com grande embasamento e que formou uma inesquecível dupla com o “Amigão” Paulo Soares. Sugiro que vocês busquem no Google uma apresentação do Sports Center na ESPN em que Paulo Soares anuncia a contratação do argentino Milton Caráglio. Vocês, como eles, chorarão de rir…
O que vem lá
O Náutico tenta provar pra si mesmo e para os próprios torcedores que tem condições de evoluir e efetivamente brigar pelo acesso. Vai pro Rio desacreditado, tentando pontuar contra o Volta Redonda. Pela Série D, seguem os duelos contra os sergipanos. O Petrolina joga, se não a última, uma das últimas cartadas pra voltar à briga direta pela classificação, enfrentando o Sergipe no Batistão. O Retrô tem um confronto direto b pela liderança do grupo A4 diante do Itabaiana na Arena PE. E deve vencer. Quanto ao Sport, terá que mostrar que tem personalidade pra reagir imediatamente a um inesperado revés. E continua favorito diante do Avaí
