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COLUNA

Léo Medrado: 'O Sport tornou-se um time previsível em função da perda de quatro jogadores'

Pane na criação: o ataque do Sport não marca há mais de um mês

postado em 28/06/2024 08:52 / atualizado em 28/06/2024 09:02

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)</i>

Pane na criação
Dei o spoiler na coluna de ontem. O Sport tornou-se um time previsível em função da perda de quatro jogadores. Dois não voltam mais: Pedro Lima e Alan Ruiz. E outros dois ainda não voltarão amanhã: Felipinho e Romarinho. Só restou Lucas Lima. A consequência disso? Os gols sumiram. O ataque do Sport não marca há mais de um mês. Nos últimos quatro jogos, apenas três gols assinados. Um de Rosales e dois de Fabrício. Gustavo Coutinho e Zé Roberto não recebem mais assistências. Coutinho rendia muito nos cruzamentos de Felipinhos e nas “bolas paradas” de Alan Ruiz. A presença e os dribles de Romarinho abriam espaços pros centroavantes. Como também as frequentes chegadas de Pedro Lima na área adversária. Aí, os adversários focaram em quem restou: Lucas Lima. O meia, irritado com a marcação, vive tomando amarelo por reclamação. E sem os outros protagonistas da criação, ficou com reduzido espaço para produzir as oportunidades. Tem recuado, ou aberto muito pros lados, pra ser acionado. E quando parte com a bola, dobram sempre a marcação sobre ele. A solução? Ser extremamente criterioso na avaliação pros reforços da janela que se abre no dia 10. A diretoria montou um belo plantel. Acertou bem mais que errou. Mas não cabem Pablos Dyegos e Vinis Farias nessa nova leva de jogadores. Não é quantidade. Bastam cinco, seis jogadores. É QUALIDADE!

Prudência, Pivetti
“Os jogadores assimilaram e jogaram com a competitividade que falamos”. Foram as palavras de Bruno Pivetti após o empate com a Aparecidense. Mais ou menos. Melhorou em relação ao jogo contra o Floresta. Mas tem muito a evoluir. Ao retornar pro segundo tempo, voltou com a mesma sonolência das derrotas pra Ferroviária, Volta Redonda, São José e Floresta. Recuou demais e levou o gol. Só aí, Bruno mudou o setor esquerdo que tava sendo amassado por Rhuan e Sales. Pra partida de segunda, não dá pra jogar com três volantes. Até porque os pontas Cléo Silva, Kauan, e Maia (com a absurda queimação de Kayon e  Thalissinho) são limitados. Maia, inclusive, tá suspenso. O problema tá na outra suspensão: Arnaldo. É a melhor assistência do time. Com Belão e Diogo (espero que Luis Paulo volte a ser titular), e com Sousa, Renato Alves e Marco Carvalho, como essa bola chegará com qualidade pra Paulo Sérgio? Chegou uma única vez em Goiânia com Andrey assistindo. Na outra, Andrey foi assistido e perdeu o gol. Já escrevi aqui sobre o Expresso 2-2-2. Optaria por dois volantes (Sousa e Marco Antônio), dois meias ( Andrey e Patrick) e dois atacantes: Paulo Sérgio e outro. Só uma lembrança, Pivetti: Não perca de novo nos Aflitos. E justamente pra Mazola. Vencendo, o sonho do acesso permanece. Perdendo, o foco muda para a permanência na Série C.

O otimismo do Presidente
Conversei com Bruno Rodrigues ontem e ele demonstrou otimismo quanto ao futuro tricolor. A ausência de calendário, está sendo o maior entrave para o andamento do clube. Para 2025, o Santa tem Pré-Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e Série D. Existe ainda uma remota chance de Copa do Brasil. Mas Fortaleza e Bahia teriam que se classificar pra Libertadores. No ano que vem, a dificuldade pra montar o elenco será bem menor, segundo Rodrigues. A quantidade de “nãos” que Sales e  Schulle receberam pela falta de sequência nas competições e ausência de credibilidade nos pagamentos, reduzirá consideravelmente.

Pérola do Retrô, no Palmeiras
Laércio Guerra falou-me ontem sobre Antônio Marcos. Juan Francisco, a bola da vez, contundiu-se. Marcos, então, o garoto de 16 anos passou a ser a maior aposta. Chegou ao sub-17 do Palmeiras, fez cinco gols em quatro jogos, pegou Seleção e subiu pro sub-20. É a maior promessa do Retrô que tem 15 outros atletas na divisão de base alviverde. O Presidente aurianil confirmou ter jogadores espalhados pela base do Flamengo, Corinthians, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Atlético MG, Botafogo, RB Bragantino e Coritiba. Quanto ao time, nunca houve tanto otimismo pelo acesso como no atual grupo de Schulle, capitaneado pelo “cara” do time: Fernandinho.

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