Vou retomar na coluna de hoje ao Náutico. Mais precisamente ao torcedor alvirrubro, que precisa dar uma resposta de apoio ao time. Domingo passado, o público foi superior aos sete mil torcedores. Consigo entender, por conta do feriado da terça e que fez muita gente deixar a cidade. Porém, neste domingo, contra o Athletic, o líder do Brasileiro da Série C, não posso admitir um público abaixo dos 13 mil. Jogo que vale muita coisa. Não é adversário direto, mas vencer o time mineiro, que vem realizando uma campanha altamente consistente – líder, com 28 pontos e nove vitórias em 13 jogos -, é o gás que todo mundo precisa. Com os jogos do meio da semana, o Timbu segue na 11ª colocação, com 16 pontos. Observando a classificação atual, não acredito em queda dos times que estão até a quinta colocação – no caso, o Volta Redonda, que soma 26 pontos e tem oito vitórias. A disputa fica apenas nas três últimas vagas para formar o G8. Da parte de cima, o Náutico olha Londrina (sexto, com 20 pontos), Ypiranga (sétimo, com 19 pontos e dos jogos a menos que o time pernambucano), Tombense (oitava, também com 19), Figueirense (nono, com 18) e Remo (em décimo, com os mesmos 16 do alvirrubro). Além disso, ABC (12º, com 16) não pode ser descartado. Vencer o Athletic é fundamental neste equilibrado embate. E até para se afastar da turma de baixo. Hoje, são cinco pontos de diferença para o Figueirense, que abre o Z4. É vencer, respirar e traçar estratégias para conquistar os pontos necessários. E, como foi naquele incrível duelo contra o Paysandu, em 2019, tendo a força da torcida ao seu lado. Vamos lotar os Aflitos!
Número de um elenco
Durante o Léo Medrado & Traíras, ontem, o técnico Roberto Fernandes lembrou de um estudo feito pelo atual gerente do Náutico, Rodolpho Moreira, quando ambos estavam no América/RN. Segundo este trabalho, um clube que conquista o acesso na Série C utiliza 18 jogadores na competição. Os demais que que deveria formar o elenco teriam que ser atletas que são ou subiram da base com jogadores considerados revelações em competições pela região, formando um grupo com 27 a 30. Por isso que o acerto nas contratações precisa ser acima de 80%. Para não inchar o grupo ou contratar jogadores que pouco vão ajudar a equipe.
Modelo SAF no Sport
O Conselho do Sport aprovou as mudanças no estatuto. Foram 65 votos a favor e cinco contra. Aqui vão considerações sobre alguns pontos importantes. O clube, agora, poderá criar a SAF, mas prefiro o modelo adotado pelo Fortaleza, que tem sua S.A., mas não vendeu suas cotas. Não é por falta de investidores. É visão dos dirigentes em ter o controle do clube, que vai bem financeiramente. Se for vender, apenas cotas minoritárias – o controle segue sendo do clube.
Conselho de Administração
Vejo como um erro a proibição do voto do sócio torcedor. O mandato do presidente por três anos é positivo, mas ainda é preciso uma melhor explicação sobre esse Conselho de Administração, que irá comandar o clube na verdade. Agora, é esperar a data da Assembleia Geral e saber o que o sócio do Sport irá decidir: se aprova ou não estas mudanças no estatuto.
