Léo Medrado: 'Dorival Júnior, diferentemente do que eu imaginava, não conseguiu extrair o melhor dos jogadores e escalou mal a Seleção'
Dorival ainda mostrou falta de comando ao ficar de fora da conversa entre os jogadores antes das cobranças de pênaltis, o que suscitou uma grande dúvida
Frustração Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Frustração, Dorival!
Essa foi a minha sensação após a desclassificação brasileira. Dorival Júnior, diferentemente do que eu imaginava, não conseguiu extrair o melhor dos jogadores e escalou mal a Seleção. Foi extremamente conservador contra a Colômbia e, diante dos uruguaios, não teve a coragem de colocar Rodrygo no meio, atacando com Raphinha, Endrick e Martinelli. E não soube tirar proveito de ter jogado vinte minutos com um homem a mais após a expulsão de Nández. Além disso, as escalações e até mesmo as convocações, de Douglas, Evanilson e Andréas foram totalmente equivocadas. Dorival ainda mostrou falta de comando ao ficar de fora da conversa entre os jogadores antes das cobranças de pênaltis, o que suscitou uma grande dúvida. Por que Militão, que perdeu os dois pênaltis que bateu nos treinos, iniciou a sequência brasileira?
Entrevistei ontem o ex-zagueiro e atual auxiliar técnico do Sport. Concordei com a opinião dele em duas questões bastante polêmicas que envolvem Neymar e Tite. César isentou Tite de qualquer parcela de culpa nas desclassificações brasileiras nas Copas de Rússia e do Qatar. O Brasil jogou mais que Bélgica e Croácia. Na outra opinião de Lucena, ainda mais polêmica, o ex-zagueiro lembra que “ Messi parou de jogar pra a Argentina e a Argentina passou a jogar pra Messi”. César Lucena defende a mesma postura na relação Brasil/Neymar.
Mau futebol, bons pontos
Nem Sport nem Náutico fizeram bons jogos, ontem. Sentindo ainda, e muito, as ausências de Pedro Lima (ainda sem substituto), Thyere, Felipinho, Alan Ruiz e Romarinho, vencer o Guarani fora de casa foi uma grande conquista do Sport. Jogar bem, voltar a render, criar e finalizar de maneira intensa, dependerá dos retornos e contratações que estão por vir. O importante eram os pontos. O Sport voltou pro G4. No Náutico, Pivetti parou com os três volantes e acabou com a dobra dos laterais na esquerda. A gente discute Arnaldo, Marco Antônio, Mezenga, Luis Paulo e Thalissinho no banco. O time praticamente não criou. Mas a equipe deixou de ser passiva. Os jogadores correram e entenderam que não podiam perder. E se a gente lamenta o gol perdido por Maia na cara do goleiro, os alvirrubros respiram aliviados pela conclusão de Denner, no último minuto, ter desviado em Igor Moura. Valeu! Pelos pontos conquistados, valeu sim