Sem calendário em 2024, o desafio para Náutico e Santa Cruz é enorme, mas com planejamento é possível reverter a queda e recuperar a relevância no cenário esportivo nacional. Uma das alternativas é apostar na Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ultrapassando por processo de Recuperação Judicial, os rivais seguem trabalhando para fechar suas negociações pela SAF. Na busca incessante do modelo de gestão profissional, que solucione os passivos milionários e que invista no futuro das instituições.
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Lado da Cobra Coral
Nas Repúblicas Independentes do Arruda, o tema SAF é visto como uma espécie de única salvação para o clube. Do presidente a grande parte da torcida tricolor, acreditasse que tornar-se clube-empresa seria um passo crucial para o futuro do clube. Com isso, a cúpula adota um tom otimista para que as tratativas sejam finalizadas ainda neste ano.
A expectativa é que os investidores apresentem as propostas até o final de setembro. A partir daí, será apreciada pelo Conselho Deliberativo, e posteriormente, na Assembleia Geral de Sócios. Até o momento, não se tem conhecimento do nome dos investidores e possíveis valores. No entanto, o vice-presidente coral, Marcos Benevides, afirmou que o Tricolor possui as melhores propostas de SAF de todo esse longo período de quase dois anos de negociações.
“Sem dúvidas, fizemos um apanhado com a equipe de consultoria do clube desde o início do processo de recuperação judicial. E essas propostas que a gente está conjecturando são as melhores propostas que o Santa Cruz teve durante esse período. De modo que eu entendo, que sim, que são propostas que satisfazem o momento e a necessidade do clube”, explicou.
Lado do Timbu
Com o fim do principal objetivo da temporada que era o acesso à Série B, o foco do Náutico passa a ser a implementação da SAF no clube. O Timbu já deu um passo sólido para se tornar clube-empresa. Na última segunda-feira (27), o presidente do Executivo, Bruno Becker, confirmou que o Alvirrubro recebeu uma proposta não vinculante por parte de investidores para a aquisição de um percentual da Sociedade Anônima do Futebol.
Essa é uma declaração comum em propostas iniciais ou memorandos de entendimentos em processos de negociação, especialmente em transações complexas como a transformação de um clube em SAF. A ideia é deixar claro que o documento atual não cria obrigações legais definitivas para nenhuma das partes envolvidas. Bruno Becker confirmou que a proposta foi levada à comissão de projetos estruturantes do Conselho Deliberativo.
“De fato eu recebi uma proposta não vinculante na última quarta-feira e por razões óbvias o foco era o jogo (contra o Londrina, no último sábado). Mas já comuniquei de imediato à comissão de projetos estruturantes do Conselho, que faz essa interlocução. Embora a SAF, nesse primeiro momento, seja uma condição do executivo, estamos sempre dialogando com o Conselho para dar maior transparência e abrir o debate”, explicou o mandatário.