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COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: 'Não sou muito a favor de árbitro de fora, torço para que a arbitragem local se equilibre'

Deborah Cecília e seus assistentes foram os personagens da partida entre Náutico e Santa Cruz

postado em 28/01/2025 08:30

<i>(Foto: Rafael Vieira/FPF)</i>
Arbitragem 
Devo estar com um nível de exigência muito alto para este início de temporada do futebol brasileiro. Faltou emoção no “Clássico das Emoções”. O jogo se mostrou amarrado, com escassos momentos de emoção. A partida foi marcada por uma quantidade excessiva de faltas e um nível técnico aquém do esperado, mesmo considerando que ambos os times ainda estão em fase de entrosamento. Porém, a arbitragem, em particular, tem sido um ponto crítico no cenário do futebol pernambucano. Sem a assistência do VAR, que se tornou uma ferramenta indispensável para a correção de erros em campo, a pressão sobre os árbitros aumenta consideravelmente.
Deborah Cecília, árbitra com escudo da Fifa, teve um desempenho questionável durante o clássico. Ela não assinalou um pênalti a favor do Náutico e deixou de marcar uma infração evidente de mão do atacante Mezenga – aqui, a culpa maior vai para seu auxiliar. A mistura de autoridade e agressividade na sua atuação gerou uma dinâmica complicada, caracterizada pela aplicação excessiva de cartões, algo que se tornou comum no futebol brasileiro. Antigamente, os árbitros gozavam de respeito e dignidade, sem a necessidade de se comportar como “lutadores de vale-tudo”. Não sou muito a favor de árbitro de fora. Por isso torço para que a arbitragem local encontre um equilíbrio, permitindo que o campeonato flua de maneira mais justa e menos controversa, uma prioridade para todos que fazem o nosso futebol. 

Debate sobre o VAR
Recebi uma ligação do presidente da FPF, Evandro Carvalho, que informou sobre a intenção de discutir a liberação do VAR para os próximos jogos da fase atual do campeonato. Embora a ideia de introduzir o VAR após quatro rodadas levante questões sobre a isonomia, é inegável que a tecnologia poderia beneficiar o andamento do campeonato. Contudo, a resistência dos clubes intermediários, que temem perder receitas e a possibilidade de jogar fora de seus estádios, representa um obstáculo. É importante lembrar que o Campeonato Pernambucano foi pioneiro na utilização do VAR entre os estaduais, nas finais de 2017, e é hora de retomar essa inovação para garantir mais justiça e transparência nas partidas.

A promessa
O jovem Zé Lucas desponta como a mais nova promessa no futebol pernambucano. Seus primeiros jogos foram suficientes para colocá-lo em um patamar que podemos comparar com a trajetória de Pedro Lima. A diretoria do Sport já trabalha com um contrato profissional mais longo e com multas pesadas. Essa situação ressalta a importância do clube em ter recuperado o status de clube formador, um passo crucial para o desenvolvimento de talentos e para a sustentabilidade financeira da equipe.

Gramado do Luiz Lacerda
Outro ponto de preocupação é a condição do gramado do Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. A indignação do técnico do Sport, Pepa, ao classificar o estado do campo como "vergonhoso e perigoso", reflete um problema que persiste há tempos. A falta de ações concretas para a manutenção do gramado é alarmante, sobretudo considerando o risco que representa para a integridade física dos jogadores. A implementação de um gramado híbrido, que combine a grama natural e a sintética, poderia ser uma solução viável e moderna para garantir a qualidade dos jogos e a segurança dos atletas.

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