A FPF e a Comissão de Arbitragem refutaram qualquer acusação de interferência externa (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Pernambuco (CEAF-PE) emitiram um comunicado oficial sobre a polêmica marcação, e depois anulação, de um pênalti durante a partida do último sábado (8) entre Sport e Maguary, na Ilha do Retiro, pela 7ª rodada do Campeonato Pernambucano A1 2025. De acordo com as instituições "não houve interferência externa", mas sim um "problema na comunicação via rádio".
O lance ocorreu no finalzinho do primeiro tempo, quando a bola bateu na cabeça do zagueiro Sandoval, da equipe de Bonito, mas o árbitro Nairon Pereira viu mão do defensor e marcou pênalti. O assistente Clóvis Amaral não fez nenhuma sinalização contrária, assim como o 4º árbitro, Tiago Lima. Cerca de dois minutos depois, o juiz voltou atrás e cancelou a penalidade, após sinalização do 4º árbitro.
Como não existe uso do VAR nesta fase do Campeonato Pernambucano, a anulação gerou muita polêmica em relação se houve uma interferência externa. Em entrevista na saída do intervalo, o meia Hyoran, do Sport, foi enfático ao acusar a arbitragem de estar sujeita a influências externas.
"A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Pernambuco (CEAF-PE) esclarecem que, no lance em questão, entre a marcação do pênalti e a correção da decisão se passaram 1 minuto e 40 segundos. Durante esse período, o árbitro principal enfrentou dificuldades para ouvir a comunicação via rádio devido às reclamações dos atletas em campo. Ele só conseguiu compreender a informação do quarto árbitro com 1 minuto e 20 segundos após a marcação inicial", diz um trecho da nota.
A nota ainda rechaça qualquer questionamento sobre interferência externa. "A FPF e a CEAF repudiam veementemente qualquer ilação de que houve interferência externa na decisão da arbitragem. Acusações dessa natureza devem ser devidamente comprovadas, pois ferem os princípios do esporte, colocam em dúvida a lisura da competição e comprometem a credibilidade dos profissionais envolvidos".
VEJA NA ÍNTEGRA A NOTA DA FPF E DA CEAF
A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Pernambuco (CEAF-PE) esclarecem que, no lance em questão, entre a marcação do pênalti e a correção da decisão se passaram 1 minuto e 40 segundos. Durante esse período, o árbitro principal enfrentou dificuldades para ouvir a comunicação via rádio devido às reclamações dos atletas em campo. Ele só conseguiu compreender a informação do quarto árbitro com 1 minuto e 20 segundos após a marcação inicial.
Ressaltamos que o quarto árbitro estava posicionado em um ângulo privilegiado para visualizar o lance, acompanhando a jogada lateralmente e em diagonal. Além disso, no intervalo entre a marcação e a correção da decisão, ninguém além dos atletas e membros da comissão técnica do Sport se aproximou do quarto árbitro. A partida teve transmissão ao vivo pela TV Globo e isso pode ser facilmente identificado, por meio das inúmeras câmeras disponíveis.
A FPF e a CEAF repudiam veementemente qualquer ilação de que houve interferência externa na decisão da arbitragem. Acusações dessa natureza devem ser devidamente comprovadas, pois ferem os princípios do esporte, colocam em dúvida a lisura da competição e comprometem a credibilidade dos profissionais envolvidos.