
“Na formação de meio-campo, nós aproveitamos este momento de classificação e procuramos observar uma estrutura onde já terminei alguns jogos. Hoje, iniciei com ela. Achei a desenvoltura de Maciel muito boa e dentro do que esperava. Estou voltado a não melindrar em relação às observações para a próxima partida”.
“Eu não fiquei satisfeito com o comportamento tático”, prosseguiu o técnico mineiro, “porém com as decisões que tomamos dentro de campo. Muitas foram erradas, precipitadas, e isso ocasionou que nós perdemos muitos gols - nem estou citando os que tomamos. Mas as decisões que tivemos ofensivamente”, disse Hélio, que completa 160 dias de Náutico nesta terça-feira.
A FALTA QUE O 10 FAZ
Desde que desembarcou no Recife, em 18 de novembro, Hélio dos Anjos, apesar dos câmbios pontuais, vem optando por trabalhar com uma alienação bem definida - principalmente no trio de meio-campo: Rhaldney, Djavan e Jean Carlos. Sem duas das peças que se tornaram ‘donas’ do terço central, o rendimento ofensivo e a criatividade do Timbu deixaram, nitidamente, a desejar diante dos sertanejos.
Questionado sobre a ausência da principal referência técnica do Náutico, Jean Carlos, o comandante alvirrubro salientou as características positivas do meia, porém deixou claro que não sentiu falta do futebol do camisa 10.
“Não podemos sentir a ausência de um jogador em um conjunto que vem jogando seguidamente. Jean é um atleta decisivo, de ótima assistência e mobilidade. Vem muito bem nesta temporada, melhor do que terminou o ano passado. Houve, sim, uma certa inconsistência ofensiva - por dentro principalmente. A gente sabia que tinha que criar outras situações visando a temporada toda. Por isso nós usamos este meio-campo”, concluiu Dos Anjos.