Publicação com frase democrática coloca diretoria do Náutico na mira do Conselho (Foto: Divulgação/ CNC)
Uma crise interna se instalou no Náutico após a vice-presidente executiva do clube, ao lado do presidente Bruno Becker, tornar-se alvo de um processo no Conselho Deliberativo (CD) por conta de uma publicação institucional com mensagem de cunho democrático. A postagem, que dizia “Não há futebol sem torcida, nem país justo sem democracia”, gerou reações negativas dentro de parte dos conselheiros, que optou por abrir procedimento contra os dirigentes.
A vice-presidente se manifestou nas redes sociais demonstrando surpresa e indignação com a atitude do Conselho. “Imaginei que poderia passar por muita coisa na minha vida, mas nunca pensei que seria aberto um processo no CD do Náutico contra o presidente Bruno e a mim por conta de uma postagem”, escreveu.
Segundo a vice-presidente, a publicação não apenas já havia sido feita por gestões anteriores do próprio Náutico, como também é comum entre clubes brasileiros. “Detalhe: postagem que o Náutico já tinha feito em anos anteriores e que outros inúmeros clubes fizeram também. Oh vida!”, completou.
A frase que motivou o processo tem sido amplamente usada por instituições esportivas e civis em datas como o 31 de março — marcado por manifestações a favor da democracia e em memória das vítimas da ditadura militar brasileira (1964-1985). A crítica da diretoria executiva é que o conteúdo da mensagem não tem caráter partidário, mas sim institucional, defendendo valores democráticos fundamentais.
Imaginei que poderia passar por muita coisa na minha vida, mas nunca pensei que seria aberto um processo no CD do Náutico contra o presidente Bruno e a mim por conta de uma postagem com os dizeres %u201CNão há futebol sem torcida, nem país justo sem democracia%u201D. Eita vida!