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Técnico do Náutico admite dificuldade na reta final da Série B: 'quando tudo acabar, e espero que acabe bem, serei um treinador diferente'

Dado Cavalcanti ressaltou a quantidade de problemas que precisa administrar, mas focou na recuperação do time

postado em 06/10/2022 08:00 / atualizado em 05/10/2022 19:11

<i>(Foto: Tiago Caldas/CNC)</i>
A vitória na última rodada foi a primeira do Náutico nos últimos quatro jogos. Com os três pontos, o Timbu chegou a 30 e conseguiu se aproximar dos seus concorrentes da zona de rebaixamento da Série B. Sem tempo para comemorar, a equipe já enfrenta o Criciúma nesta sexta-feira, fora de casa. O técnico Dado Cavalcanti projeta um time mais confiante depois do resultado positivo, já que o quesito vinha pesando nas últimas partidas.

O comandante alvirrubro confirmou que o trabalho psicológico e de confiança dos jogadores dentro de campo acaba sendo os principais problemas durante a preparação e os jogos. Essas situações, somadas aos desfalques frequentes - para o próximo embate são seis, dificultam ainda mais o trabalho do treinador. Desde que chegou, com a missão de operar um milagre e evitar o rebaixamento à terceira divisão, Dado disputou oito partidas, vencendo três e perdendo cinco.

“Está sendo desafiador. Quando tudo acabar, e espero que acabe bem, eu serei um treinador diferente, pela quantidade de dificuldades encontradas no trabalho em todo contexto. Nossa equipe oscila demais, faz tempos distintos, cai muito no segundo tempo. Às vezes perdemos qualidade. Mas o principal é o nível de confiança. Se a gente começa um campeonato do zero e coloca-se uma ideia na cabeça dos jogadores, estamos partindo no mesmo nível dos adversários. Mas agora estamos partindo muito atrás. Isso influencia no julgamento externo, na pressão interna. O jogo fica muito refém da confiança. Em alguns jogos, o espaço mínimo é suficiente para achar o passe. Em outros, o maior espaço não serve”, avaliou o treinador do Náutico.

Apesar de ter tido mais de duas semanas completas para realizar treinamentos, o técnico teve que tentar arrumar taticamente o time depois da passagem de outros quatro treinadores. Sem muito tempo e com muitos quesitos para evoluir, por muitas vezes o Timbu acaba tendo um desempenho melhor do que o esperado, mas os resultados acabam não acontecendo por outros fatores.

“A parte mais difícil é essa, que o desenho está pronto e a ideia foi entendida integralmente. O resultado não vindo, os feedbacks são colocados na cabeça. De treinar tanto e não ter tido resultado. A pressão é grande. Mas acho que as coisas estão andando, fluindo. Espero que a gente consiga ter esse equilíbrio nos próximos jogos. E ter resultados, porque eles trazem a sensação de dever cumprido”, concluiu Dado.

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