Não estão sendo fáceis os primeiros meses da gestão de Bruno Becker no Náutico. Nome indicado por uma ala do clube para assumir a presidência, Becker chegou com várias propostas, entre elas a de mudar o departamento de futebol, principalmente colocando sempre a palavra “profissionalização”. Claro que o acesso à Série B sempre foi o principal objetivo, mas o Timbu não poderia fazer feio na Copa do Nordeste e Pernambucano. Quem pega apenas o resultado final dirá que foi satisfatório: vice no Estadual, perdendo para o rival Sport (hoje, melhor preparado em vários pontos) e eliminado pelo Bahia nas quartas do Nordestão. Porém, o rendimento em campo era sofrível. Tanto que o técnico Allan Aal, que acertou no final do ano passado, nem comandou o time nas decisivas contra leoninos e tricolores.
A chegada de Mazola Júnior foi cercada de dúvidas: a diretoria passou três dias em contato com vários nomes até chegar ao dele. Mas esta Série C é imprescindível para a sua gestão. Não se pode cometer tantos erros como estamos vendo desde o primeiro jogo, que passa inclusive pela má formação do elenco, com novas contratações equivocadas. A equipe não rende, sofre derrotas para adversários inferiores. E quando se acreditava em uma saída de Mazola, ela não veio. Reuniões diversas e nada. Nenhuma fala oficial. Entendo que pesa a inexperiência neste assunto que é o futebol. Bruno Becker deve ouvir um caminhão de opiniões por dia. De aliados e não aliados. De ex-dirigentes ao torcedor apaixonado. E, claro, dos seus parceiros dentro do clube. Porém não ouvi uma decisão dele ou de quem comanda o futebol (por sinal, quem seria?). Aqui, falta alguém dizer: presidente, vá na coletiva e diga que Mazola Júnior segue como o treinador. E que essa decisão segue essa linha de pensamento. O torcedor quer respostas. Bruno, é a hora de assumir a responsabilidade que o cargo de presidente do Clube Náutico Capibaribe pede neste momento.
Qual a função?
Betão chegou no Náutico para trabalhar em um novo planejamento interno, unindo setores e criando novos métodos de trabalho. Ficou acertado que não seria um diretor do departamento de futebol, mas que poderia dar alguns “pitacos”. Só não entendo o motivo dele viajar com a delegação para alguns jogos. Se a opinião é apenas pontual, para quê levar o cara e deixar um componente do futebol no Recife? Se viu algo de errado, falou para a diretoria? Aliás, qual seu papel no clube finalmente?
Quanto foi?
A FPF avisou que não irá informar qual o valor destinado ao Santa Cruz da renda do jogo da Seleção Feminina contra a Jamaica, sábado passado, na Arena. A renda bruta foi de R$ 821 mil. Antes, seria repassado o valor total (fora despesas, em torno de R$ 400 mil), mas depois ficou decidido que seria apenas uma parte. E aí, o Tricolor vai informar quanto foi?
Banir do futebol
O caso do meia Lucas Paquetá por envolvimento com apostas esportivas é muito grave. Na Inglaterra, existe um movimento para banir do futebol o jogador. A defesa do meia da Seleção Brasileira prepara um recurso para responder as mais de 10 mil páginas do processo.