Investidor comenta sobre pilares da SAF do Náutico (Foto: Gabriel França/CNC)
Proposta na mesa. Em um passo importante para a reestruturação do Náutico, a proposta vinculante para a transformação do clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) foi apresentada nesta terça-feira (11) pelos investidores do "Consórcio Timbu". A proposta foi compartilhada com os conselheiros, que agora irão analisar e votar sobre sua aprovação. Posteriormente, será levada para uma Assembleia Geral de Sócios.
Em live realizada por diversos grupos de torcedores do Náutico, Thiago Ribeiro, ex-diretor da Traffic e um dos principais investidores do consórcio, abordou os desafios financeiros e esportivos que o clube enfrenta, destacando os três pilares fundamentais para o sucesso da SAF: pagamento do passivo, investimento no patrimônio e resultados positivos dentro de campo.
Segundo o representante da SAF do Timbu, o principal objetivo do consórcio é resolver os problemas financeiros acumulados ao longo dos anos, como o alto passivo e o déficit orçamentário, que têm impactado diretamente na questão do investimento no patrimônio e no futebol. "Estamos entrando na SAF para resolver os problemas que a associação vem enfrentando, principalmente na gestão orçamentária e na melhoria das receitas", afirmou.
“Não existem gatilhos engessados, mas o que a gente sabe é que em divisões diferentes o cenário é outro. Obviamente, que tudo passa por um incremento financeiro para que o Náutico seja competitivo em campo e fora de campo para conseguir resolver os problemas com a justiça”, acrescentou.
De acordo com o investidor, o processo envolve dois aspectos principais: um aporte inicial de capital para a recuperação financeira do clube e um trabalho contínuo para aumentar as receitas, tornando o Náutico mais competitivo tanto dentro quanto fora de campo. Ribeiro também ressaltou que, além do aspecto financeiro, o consórcio está ciente das dificuldades que o clube enfrenta na Série C, onde o desempenho esportivo precisa ser aprimorado para que o time volte a figurar em divisões superiores do futebol brasileiro.
Em relação ao passivo, Ribeiro explicou que a negociação das dívidas do Náutico com credores e o fisco será uma das prioridades, especialmente considerando a situação do clube na Recuperação Judicial. Ele destacou a importância de uma transição tributária eficiente para garantir que as bases financeiras da SAF estejam consolidadas. “Sabemos o que é necessário para resolver as questões com a justiça e com os credores, e estamos prontos para fazer os aportes iniciais necessários”, afirmou.
Embora a proposta ainda dependa da aprovação dos conselheiros, a iniciativa visa dar ao Náutico uma nova estrutura financeira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do clube no longo prazo e assegurar que ele tenha os recursos necessários para se tornar competitivo novamente no cenário nacional.