Desde o início da temporada, o Santa Cruz apresentou debilidades em seu elenco e isso se refletiu no campo. Após triunfar no Arruda na estreia do Campeonato Pernambucano contra o Vitória das Tabocas por 2 a 0, a equipe já engatou uma sequência de seis partidas sem vencer, pelo Estadual e pela Copa do Nordeste. Naquele momento, o time já dava indícios de que não seria um ano fácil. E não foi. As duas partidas seguintes, contra Fortaleza e Ypiranga-AP, marcaram o que seria a única sequência de vitórias no ano. Em nenhum outro momento da temporada o Tricolor ganhou duas ou mais partidas em sequência.
Diante desses números, os fracassos nas competições que disputou eram questão de tempo para acontecer. No Estadual, avançou às semifinais após disputar a vaga nos pênaltis contra o Afogados. Foi eliminado sem grandes dificuldades pelo Náutico, que se sagrou campeão. No Nordestão, foi lanterna geral da competição e ostentou a sua pior campanha no torneio desde que voltou a ser disputado, em 2013. Na atual edição, somou apenas três pontos em 24 possíveis na primeira fase, teve uma vitória e sete derrotas. O trágico ano coral estava apenas começando.
Classificado para a segunda fase da Copa do Brasil após golear o Ypiranga-AP, o Tricolor enfrentou o Cianorte-PR, time que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. À essa altura, avançar na copa traria um alívio financeiro para o Santa, já que se trata da competição mais rentável e não há cotas de transmissão na Série C. No entanto, a equipe paranaense venceu o duelo por 1 a 0 e avançou, deixando o Tricolor pelo caminho, contabilizando mais um fracasso.
A chegada da Série C, principal competição para o Tricolor neste ano, despertou diferentes emoções para a torcida. A esperança do acesso contrastava com as recentes decepções e o desempenho em campo corroborava para que o receio tomasse conta da multidão tricolor. O que se viu foi uma série de tropeços, dentro e fora de casa. O passar das rodadas era caótico e agonizante.
Semana após semana, os resultados negativos se acumulavam e complicavam cada vez mais a vida do Santa. A primeira vitória da equipe só veio ocorrer na 11ª rodada diante do Floresta, exatos 101 dias desde o seu último triunfo, ainda no Estadual, contra o Retrô. A partir daí, ensaiou-se uma reação. O time se manteve invicto por quatro partidas, reacendendo a esperança coral de permanência na terceirona.
Após a derrota para o Paysandu, na 15ª rodada, o panorama coral não permitia erros. O Santa Cruz precisava vencer os três jogos que lhe restavam. A grande intempérie nisso tudo era o fato de que as vitórias não caminharam ao lado do time neste ano. E o baque veio na rodada seguinte, com a derrota por 1 a 0 para o Altos, em pleno Arruda.
