Essa “solução caseira” encontrada por Antônio Luiz Neto foi justificada por ele como uma necessidade em meio ao cenário de dificuldades financeiras. Atualmente, o faturamento mensal do Santa Cruz é inferior a R$ 350 mil. Em contrapartida, seu gasto gira em torno de R$ 800 mil.
Indo numa direção contrária, Jomar Rocha e Sandro Barbosa, tidos como “homens de confiança” do presidente, defendem a contratação de um profissional com a mesma faixa salarial do anterior. Esse nome cogitado, aliás, fará a sua “estreia” no clube pernambucano, caso o negócio seja fechado. A postura da dupla vem contrariando Antônio, que declarou que as mesmas pessoas que “o obedeciam” em 2011 - temporada em que o Santa Cruz levou o bicampeonato pernambucano sob comando de Zé Teodoro - agora “querem mandar”.
A insistência para que o nome de Zé Teodoro ocupe a vaga é tanta que até a possibilidade de renúncia foi colocada à mesa pelo presidente. Também de acordo com apuração da reportagem do Esportes DP, Antônio Luiz Neto teria dito que não continuaria como presidente, caso o nome de Zé Teodoro não fosse aceito, pensando no desafio financeiro. “Não vou queimar minha imagem não. Vou para a minha casa de praia, e se eu quiser, faço política”, teria sido dito por ele, que também apontou o nome do atual presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, como um possível substituto.
Na semana passada, Zé Teodoro concedeu entrevistas e disse que permaneceria na sua função de coordenador técnico, pontuando a necessidade de ainda ter muito o que aprender no novo desafio da carreira.
“Vou continuar na minha função como coordenador de futebol. Estou aqui para ajudar o Santa Cruz, e vou continuar, me preparar e estudar. Preciso continuar nessa minha nova função. Tenho muito para trocar ideia, e aprender com todos aqueles que trabalham em outros clubes”, disse à época.
