“Eu joguei o Campeonato Pernambucano com 40 mil pessoas, eu joguei Série B com 70 mil é loucura. A importância dele (Santa Cruz) e da torcida pra mim é gigante. Porque você chega no momento 2007, eu retorno da Colômbia, tenho uma passagem rápida 2006 pelo Atlético de Goiás também com uma lesão na panturrilha. Aquela história que eu conto na resenha, o telefone não toca, eu vou encerrar a carreira, nenhum clube. Ai tem a situação do Santa Cruz no início de 2007, onde eu recebo a ligação do presidente, se você quiser vim, venha. Aquilo me motivou pra caramba, eu vou porque o Santa Cruz é um clube de massa, de torcida apesar das dificuldades que vinha passando até hoje passa”, iniciou.
“Eu sabia da grandeza da torcida e do clube. É um dos maiores do Nordeste, não tem como negar, e foi do Brasil também porque tem uma história gigantesca. No terceiro jogo, eu já comecei a fazer gols, terminei o Pernambucano como artilheiro num grupo que sabia lidar com as dificuldades".
Marcelo Ramos chegou ao Arruda sob a desconfiança da torcida, mas o desempenho individual fez com que o Atlético Paranaense, que disputava a Primeira Divisão na época, quisesse contratar o jogador. O centroavante tinha o desejo de voltar a disputar a elite do futebol brasileiro."Fui artilheiro do pernambucano 14 gols, acho que eu fiz um ou dois gols na Copa do Brasil, nenhuma lesão. Aí começa a Série B com 15 rodadas, eu já tinha feito dez gols. Aí pronto, veio a situação do Atlético Paranaense. Acredito que a torcida do Santa Cruz ficou chateada, mas depois, entendeu. Eu tinha esse objetivo de dar uma resposta para mim mesmo que eu ainda ia jogar uma Série A”, destacou.
Na volta ao Arruda em 2009, Marcelo Ramos se sagrou mais uma vez, artilheiro do Campeonato Pernambucano. Parte da torcida, que havia condenado a sua saída para o Atlético Paranaense, esqueceram tudo o que passou. “Eu retorno em 2009, depois da passagem pelo Bahia. É sou artilheiro do Campeonato Pernambucano de novo, com 19 gols”, finalizou.
