“Inicialmente, nunca cogitei ser presidente, na verdade eu nunca imaginei que eu ia ser presidente do conselho, que dirá do clube. Estamos atuando bastante de forma ativa no conselho para tentar manter o clube dentro das regras. Isso de alguma maneira acabou chamando a atenção das pessoas. Então, depois de várias conversas internas e externas todo mundo meio que pedindo para eu ser candidato. Então, eu pensei com carinho e decidi topar o desafio, hoje eu coloco o meu nome a disposição do Santa Cruz apenas para tentar um futuro inicialmente melhor”, disse Marino Abreu, candidato a presidente do Santa Cruz.
Metas da gestão
“As metas da gente é iniciar uma reconstrução. O Santa Cruz vem de 40 anos muito ruins, então você não vai recuperar 40 anos em seis meses, três meses ou um ano. É muito difícil, meus princípios básicos de toda a gestão, é que ela sempre seja uma gestão coletiva. Então, isso significa que eu quero ter muita participação no conselho. Até porque eu ainda represento esse órgão do clube. Eu acho que o conselho tem que participar ativamente, eu sendo presidente eu faço questão disso. Assim como eu faço questão da torcida participar, então tudo vai ser com muita transparência. Transparência, não é apenas uma palavra vazia, quando a gente reformou o estatuto, ele já vem com vários princípios de transparência que são publicações em balanços mensais para o torcedor ter noção do quanto está entrando e do quanto está saindo.
"Publicação da lista de sócios mensalmente para o torcedor saber quantos sócios tem dia, quantos não têm. Então tudo isso pra mim são princípios basilares, que eu não vou me furtar a fazer, nem de uma participação coletiva e tudo com muito pé no chão. Não vamos fazer loucuras para criar mais dívidas, mas vai ser tudo muito pé no chão para que o clube independente do resultado do futebol, ele tenha as suas contas tudo certinha, sem maiores rombos financeiros"
Chapa praticamente definida
“Temos algo em torno de 70% da chapa fechada, como são muitos nomes, são muitos cargos, a gente ainda está verificando alguns. Mas temos um esboço bom e já tem todo um projeto montado (...)Sim, já temos (nomes do vice-presidente e presidente do Conselho Deliberativo). Por enquanto, não vamos anunciar. Anunciamos primeiro o meu nome, em breve a gente vai estar anunciando. Porque queremos anunciar os nomes quando estivermos com a chapa toda completa”
Visibilidade após embate com ALN
“Naturalmente isso acabou me colocando em uma certa evidência. Então, meu nome começou a ser cogitado por diversas pessoas, torcida e tudo mais. Por mim, não é esse o motivo. Eu acho que a gente tem a possibilidade de fazer algo diferente e fazer mais concreto, início de uma reconstrução”
Candidatura única
“Muito feliz se isso fosse possível. Eu já conversei com o Jairo Rocha (presidente do Santa Cruz), ele falou a mesma coisa pra mim. Eu disse ao presidente que estou à disposição, estou à disposição para conversar, se for algo que eu acredite de fazer o melhor para o Santa Cruz. Até agora não recebi nenhum tipo de proposta neste sentido, apenas conversas, mas nada concreto. Então, acho que pode ser possível, mas hoje eu acho que está um pouco distante de acontecer”
Sobre chapa da situação
“Eu acho que o pessoal está trabalhando, construindo também. A gente está próximo, está a 15 dias para fazer as inscrições e 30 dias para o pleito. Então, a gente vem construindo, já estamos construindo para gente apresentar o nosso projeto, a nossa ideia de clube, o que a gente quer. Eu acredito que o pessoal deva estar se mexendo, não acredito que estejam parados não”
Trajetória de Marino Abreu na política do Santa Cruz
Conselheiro do Santa Cruz desde 2017, Marino Abreu participou do processo de reforma do estatuto. Único representante do núcleo do Pró-Santa, que foi eleito para comandar o Mais Querido no triênio 2021-2023, sob a tutela do presidente executivo Joaquim Bezerra. No entanto, após fracassos dentro de campos que culminaram no rebaixamento à Série B e fora de campo sofrendo com inúmeros protestos violentos, a chapa foi aos poucos sendo diluída. Entre os pedidos de saídas estava o de Mário Godoy, que deixou a presidência para Marino Abreu, até então vice-presidente do Conselho.
