Empresário da SAF comenta sobre doação a organizadas (Foto: Rafael Vieira/DP FOTO)
O Santa Cruz está dando um passo importante para modernizar a segurança e o acesso ao estádio do Arruda. Em entrevista, o empresário Márcio Cadar, investidor da SAF Coral, revelou que, em até 90 dias, o clube implementará a tecnologia de reconhecimento facial no estádio, prometendo transformar a entrada em um processo 100% digital. A medida, que será totalmente financiada pela SAF, visa não apenas agilizar o acesso dos torcedores, mas também aumentar a segurança e combater a violência nas arquibancadas.
“Diante de tudo que aconteceu, nas cenas lamentáveis que aconteceram no último sábado, conversei com o presidente Bruno Rodrigues e estou me antecipando com relação a algumas medidas de segurança dentro e no entorno do Arruda. Nós autorizamos a empresa de reconhecimento facial, a Bepass, que é a mesma do Palmeiras, no Allianz, a implementar no Arruda. Em até 90 dias esperamos que a entrada do Arruda seja 100% digital”, disse o empresário mineiro, no programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal.
O empresário explicou que os torcedores poderão se cadastrar no aplicativo do clube para facilitar o acesso, eliminando filas e garantindo maior rapidez. Além disso, a tecnologia permitirá que pessoas envolvidas em brigas dentro ou fora do estádio sejam identificadas e banidas. “Aquela pessoa que for pega brigando no estádio ou ao redor, pode ser banida. Isso traz uma educação para o nosso torcedor”, afirmou.
Entretanto, para que a tecnologia seja instalada, será necessário realizar investimentos significativos na infraestrutura do Arruda. “Para iniciar (reconhecimento) é necessário de investimento de alguns milhões, o Arruda não tem uma estrutura preparada para receber esse tipo de tecnologia. Então, você tem que fazer a estrutura para depois receber a tecnologia”, explicou Cadar.
O empresário mineiro expressou uma grande decepção com a forma como a violência se desenrolou, destacando que sua doação foi feita com a melhor das intenções, com a esperança de contribuir positivamente. “Eu fiquei extremamente chateado com o que aconteceu. Eu realmente fiz a doação e faria de novo. Porque a doação que eu fiz foi de boa fé. Eu tenho certeza que a doação que eu fiz não foi utilizada para nada. Porque eu tenho certeza que bandido não precisa de doação para atacar um pedaço de pau na cabeça do outro. Bandido não precisa de doação", explicou.