Em entrevista no programa Léo Medrado & Traíras hoje (14), Homero voltou a falar sobre o assunto, que também estará em sua biografia, que ainda será lançada. Para o rubro-negro, o Flamengo vem colocando o Sport nos holofotes nacionais há quase 40 anos. “O torcedor (do Sport) tem que ficar feliz com isso. 40 anos de mídia para a gente. E, além de a gente ganhar o campeonato brasileiro, a gente restabeleceu a moral no futebol brasileiro. Até então quem mandava eram esses clubes, que viravam a mesa, mudavam o juiz na véspera do jogo… Era uma bagunça”, destacou Lacerda.
O ex-presidente do Sport também lembrou das vitórias do time pernambucano na esfera jurídica, onde sempre teve sentenças favoráveis, em todas as instâncias acionadas. “Quem disse que o Sport é campeão foi a justiça, e em uma democracia, cumprimento de lei é uma coisa sagrada. O Sport não ganhou somente na Segunda instância. Ganhou em todas, e transitou em julgado, o que significa que não se pode mais abrir a discussão”, lembrou Homero.
Homero ainda falou que relembrar o assunto hoje em dia configura como um desrespeito para a própria torcida do rubro-negro carioca. “O Flamengo reabre a discussão para jogar para a galera. Essas pessoas não respeitam o próprio time. Para mim, fazer isso é fazer a torcida do Flamengo de babaca, como se tivesse chance de reverter um trânsito em julgado. Não existe chance”, lembrou.
Na última sexta-feira (10),a segunda turma do Supremo Tribunal Federal voltou a votar sobre quem seria o campeão de 1987. O relator do caso, ministro Dias Toffoli, votou a favor da manutenção do Sport como único e autêntico campeão.
Além disso, o ministro condenou o Flamengo ao pagamento de 1% do valor atualizado da causa, caso seja unânime a votação.“Havendo prévia fixação de honorários advocatícios pelas instâncias de origem, seu valor monetário será majorado em 10% (dez por cento) em desfavor da parte recorrente”, disse Toffoli. Ainda estão sendo aguardados os votos dos outros quatro ministros: André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin e Gilmar Mendes. Os magistrados têm até o dia 17 para votar.
