Em um dia histórico para a nação rubro-negra, a Ilha do Retiro completou 87 anos de existência nesta quinta-feira (4). Mais do que um simples estádio, a casa do Sport Club do Recife é um símbolo de conquistas, união e paixão. Um lugar onde a história se entrelaça com as emoções de milhares de torcedores que vibram a cada jogo, a cada grito de "Cazá, Cazá!".
A história da Ilha do Retiro começou a ser escrita em 1934, quando o então tesoureiro do clube, Francisco Cribari, adquiriu o terreno que viria a se tornar o lar do Leão da Ilha. Em 1937, a inauguração oficial marcava o início de uma era gloriosa para o futebol pernambucano. A partida de estreia, contra o Santa Cruz, já deu um gostinho do que estava por vir: vitória do Sport por 6 a 5, com Artur Danzi marcando o primeiro gol histórico.
Um marco importante aconteceu em 1950, quando a Ilha do Retiro recebeu jogos da Copa do Mundo. A união da torcida rubro-negra foi fundamental para a realização do evento, com mutirões de trabalho que fortaleceram ainda mais a ligação entre o povo e o estádio. A Copa do Mundo colocou o Recife no mapa do futebol mundial e consolidou a Ilha do Retiro como um dos principais palcos esportivos do Brasil.
Ao longo dos anos, a Ilha do Retiro testemunhou momentos inesquecíveis da história do Sport. Em 1984, após um período de reformas, o estádio foi reaberto em grande estilo, com um empate em 0 a 0 contra o São Paulo e um desfile de um leão chamado Príncipe Charles ao redor do gramado, para delírio da torcida.
Em 1987, o grito de campeão ecoou na Ilha do Retiro. O Sport conquistou o título do Campeonato Brasileiro, vencendo o Guarani por 1 a 0 em uma partida emocionante. A festa foi completa e marcou a primeira grande conquista nacional do clube.
Nos anos seguintes, a Ilha do Retiro recebeu jogos da Taça Libertadores e da Copa do Brasil, além de ser palco de mais uma conquista: o título da Série B em 1990. O estádio ganhou o apelido de "La Bombonilha", devido à atmosfera vibrante e intimidadora que criava para os adversários.
