Mesmo assim, Romão criticou a postura do grupo opositor. “Eu vejo isso de forma lamentável. O candidato (Rafael Arruda) quer ser presidente de um clube da grandeza do Sport, querer de forma dissimulada, achar que todo mundo é idiota. Dizer numa entrevista coletiva que não vai judicializar. E no mesmo momento que ele disse, na surdina é dada uma entrada numa ação, onde se pede a saída da nossa chapa e, pasmem torcedor do Sport, a colocação de um interventor”, afirmou Yuri Romão em entrevista à Rádio Jornal.
Yuri Romão ainda questionou os reflexos de o pleito entrar na esfera jurídica. “A partir do momento em que a gente sofre uma intervenção, quero saber qual atleta, treinador ou instituição financeira vai querer fazer negócio com o Sport?”, acrescentou.
RAFAEL ARRUDA
Candidato da chapa de oposição, Rafael Arruda voltou a negar qualquer tipo de envolvimento na ação impetrada na justiça. “Apesar de não concordarmos com o que está acontecendo (liberação de Yuri), entendemos que judicializar faria sangrar ainda mais essa eleição do Sport. Mas para a nossa surpresa, temos 183 nomes na chapa do Conselho e um deles acabou entrando na justiça, sem o nosso consentimento”, afirmou Arruda em entrevista à Rádio Hits.
Entenda o caso
A candidatura de Yuri Romão à presidência do Sport está sendo contestada na Justiça Comum após um pedido de impugnação feito pelo sócio João Luiz Lopes Lima - membro da chapa "Leões pela Mudança". A principal acusação é de que Romão estaria tentando um terceiro mandato consecutivo, o que violaria o artigo 85 do Estatuto Social do clube, que limita a reeleição do presidente a dois mandatos consecutivos.
A Comissão Eleitoral do Sport, no entanto, rejeitou a impugnação, argumentando que o mandato de Romão após a renúncia de Leonardo Lopes, em 2022, foi de natureza transitória e não configura um mandato regular, sendo classificado como "mandato-tampão". Portanto, a candidatura de Romão foi considerada válida para as eleições que ocorreram em 16 de dezembro.
