A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes deu continuidade nesta terça-feira (22) à audiência de instrução do chamado Caso Fortaleza, que apura o ataque ao ônibus da delegação do clube cearense ocorrido em fevereiro de 2024. No segundo dia de depoimentos, já foram ouvidas 17 pessoas, de um total de 29 testemunhas previstas para serem escutadas até o encerramento das audiências, marcado para a próxima quinta-feira, 24 de abril.
O processo julga a ação de integrantes da torcida organizada do Sport Club do Recife, acusados de envolvimento em um atentado contra a delegação do Fortaleza Esporte Clube. O episódio aconteceu na madrugada de 22 de fevereiro, cerca de oito quilômetros da Arena de Pernambuco, logo após a partida entre Sport e Fortaleza. O ônibus do time visitante foi alvo de pedras e artefatos explosivos, deixando seis jogadores feridos — alguns com lesões no rosto e nos braços, exigindo atendimento hospitalar.
Em nota encaminhada à 2ª Vara do Júri, o Fortaleza Esporte Clube informou que os jogadores Gonzalo Daniel Escobar e Luís Eduardo Marques dos Santos, que estavam no ônibus no momento do ataque, estarão disponíveis para prestar depoimento nesta sexta-feira (25), às 11h.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e aceita pela Justiça em setembro de 2024, enquadra os 11 réus por seis tentativas de homicídio qualificado, associação criminosa e outros crimes previstos no Código Penal, além de dispositivos da Lei Geral do Esporte. Entre os acusados estão Pedro Henrique Duque de Lima, Luis Carlos Buarque Alves, Walter Mariano da Silva Neto, Lucas Rodrigo Ramos dos Santos, Jefferson Moura dos Santos, Carlos Renato da Silva, Thyago Mendes Barbosa, Gabriel Francisco Ferreira de Souza, Danilo Diogo dos Santos Soares, Israel Filipe Velez Alves de Amorim e Eduardo Santos da Silva.
O julgamento acontece na mesma semana em que Sport e Fortaleza voltam a se enfrentar em campo, desta vez na Ilha do Retiro, no Recife. Este será o primeiro jogo com presença de torcida visitante do Tricolor do Pici desde o atentado. A principal uniformizada do clube cearense era o alvo da emboscada segundo as investigações. As audiências seguem com a expectativa de novos depoimentos ao longo da semana, antes da conclusão da fase de instrução do processo.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco
