O presidente do Sport, Yuri Romão, participou de entrevista ao programa De Primeira, do UOL, nesta segunda-feira (07), e debateu sobre rumos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), especialmente após a polêmica envolvendo a arbitragem na partida contra o Palmeiras.
Em debate com os jornalistas André Hernan e Paulo Vinicius Coelho (PVC), o mandatário do Leão comentou uma reportagem recente, da Revista Piauí, que abordava os bastidores da reeleição de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF.
"Eu li a reportagem, aparentemente foi muito bem feita. Não acredito, pessoalmente, que os dados que estavam lá o jornalista ou editor não soubessem. E que esses dados saíram depois da eleição, já que a eleição tem pouco mais de duas semanas, ou menos, e isso deveria ter sido divulgado antes", declarou.
Yuri também comentou que não houve qualquer convite ou contato de outro possível candidato à presidência da CBF, ressaltando Ednaldo como única opção ao cargo.
"Sobre o apoio ao presidente Ednaldo Rodrigues, não tinha outro candidato na mesa, não tinha. Eu nunca fui chamado — que isso fique bem claro — enquanto presidente do Sport, um clube que tem mais de quatro milhões de torcedores e está completando 120 anos agora. Eu nunca fui chamado para uma conversa com nenhum outro candidato. Não vou nem citar o outro candidato que pretendia: nem com ele, nem com assessoria, ninguém."
Questionado sobre a retirada de Ednaldo do cargo em dezembro de 2023 e o fato de ele ter concorrido sem adversários, Yuri citou que pode ter votado nulo, por conta dos dados apresentados na matéria da Revista Piauí, novamente mencionados durante a entrevista nesta segunda.
“Pode ser que sim (ter votado nulo), até porque o bloco dos presidentes teria sentado para conversar antes com Ednaldo, que era o único candidato.”
Capacitação da arbitragem e investimento
Para o presidente rubro-negro, o problema da arbitragem brasileira vai além dos gramados e dos clubes, ocorrendo a questões estruturais, pela possibilidade da falta de investimento em capacitação.
"Então, dizer e querer colocar no colo dos clubes essa situação, eu não acho correto. Agora, com relação à questão dos investimentos na arbitragem, na capacitação, se houve isso, eu acho que cabe a nós — falando pela Liga Forte União, que é uma coisa que vou ir atrás — da gente questionar o presidente Ednaldo para que ele, de fato, coloque novamente no orçamento", iniciou.
"Eu não sei se realmente esses valores foram retirados do orçamento no passado, mas, se foram, está se mostrando um equívoco. Então, é a hora de mudar e voltar atrás para colocar recursos para que sejam feitos na capacitação da arbitragem, porque, como eu disse, a arbitragem no Brasil está chegando ao fundo do poço", completou.
Por fim, Yuri negou ativismo político, tratando como um tema mais extenso, e afirmou desconhecer o que ocorre nos bastidores de CBF ou federação.
"Não pode haver um ativismo político em relação à situação da arbitragem. A questão política é muito mais ampla. Nenhum presidente de clube neste país sabe o que ocorre dentro de uma federação ou confederação", relatou o presidente do Sport.
