Patoruzú cumprimentou o campeão da 33ª edição da Refeno (Foto: Tsuey Lan Bizzocchi/Cabanga)
O grande campeão é aquele que sabe perder. O mundo dos esportes dá várias voltas. Após ficar seis horas à deriva e perder o título da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha, a Refeno, o Patoruzú deu um exemplo de fair play ao entregar a Fita Azul para o Aventureiro 4 na festa de premiação, realizada no Museu do Tubarão na última quarta-feira (28/09).
Na cerimônia da entrega do prêmio, o comandante Carlito Moura, trimarã pernambucano, que era o atual campeão da regata, fez questão de parabenizar e cumprimentar Hans Hutzler pela conquista, valorizando a travessia solitária do Aventureiro 4
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O catamarã Aventureiro 4 cruzou a linha de chegada, no Mirante Boldró, no último domingo (25/09), em 32h49min56 após saída do Marco Zero do Recife. Pela primeira vez, em 33 edições, um velejador solitário foi o primeiro a chegar na ilha, depois de um percurso de 300 milhas náuticas, que equivale a 560 km.
Em 2022, o trimarã Patoruzú buscava o tetra da Refeno após a Fita Azul em 2018, 2019 e 2021. No ano passado, conquistou a regata batendo seu próprio recorde, completando a travessia em 24h48m58.
Este ano, o Patoruzú ganhou o troféu superação da regata. Isso porque, com sete pessoas a bordo, passou seis horas à deriva em alto mar depois da perda de um pino de sustentação do tirante que equilibra a estrutura do barco. A tripulação conseguiu realizar uma manobra de estabilização e seguiu de forma determinada para concluir a regata com menos velocidade para poupar o barco, que baixou a vela e consequentemente diminuiu seu ritmo. Na classificação geral, a embarcação ficou na 34ª colocação, com o tempo de 44h14m09.