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BEACH TENNIS

Circuito Pernambucano de Beach Tennis reúne campeões nacionais e mundiais

Pernambucanos e pernambucanas de várias idades participam da etapa de Jaboatão do Circuito, em Jaboatão

postado em 24/02/2024 11:20 / atualizado em 24/02/2024 11:16

<i>(Foto: Francisco MPV/DP Foto)</i>
Raquetes, bolinhas e pés na areia. Descrevendo assim, a primeira pessoa chutaria que o esporte descrito é o frescobol, muito famoso nas praias do litoral brasileiro. Entretanto, há uma rede entre os praticantes, que muda quase tudo de figura. O Beach Tennis vem mostrando que pode ser o esporte da vez entre os praticados na areia, e vem agregando cada vez mais adeptos pelo mundo inteiro e, principalmente, em Pernambuco.
 
O esporte nasceu nos anos 1980, na Itália, sendo uma junção do tênis tradicional, vôlei de praia e badminton. Só em 2008 que veio desembarcar em terras brasileiras, crescendo exponencialmente a cada ano que passava. Segundo os próprios praticantes, o Beach Tennis cativa tantas pessoas justamente por ser fácil de se entender e praticar, além de ser bastante divertido de jogar.
 
E realmente as regras lembram o tênis profissional: o objetivo é derrubar a bolinha na quadra do adversário, mas aqui, sem direito ao quique no chão (até porque é muito difícil quicar alguma coisa na areia). cada ponto vale quinze, e quem fizer quatro deles primeiro vence um game. Seis games fecham um set, que termina a partida.
 
E é com este modelo de jogo que mais de 650 atletas estão disputando a quarta etapa do Circuito Pernambucano de Beach Tennis, na Arena Azure, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. 24 categorias serão abrangidas nesta competição, variando entre idade, gênero e quantidade de competidores e competidoras. As partidas vêm acontecendo desde o último dia 17 de fevereiro, e encerram no próximo domingo (25).
 
Pernambuco é uma das federações mais fortes do esporte no cenário nacional, tendo vários atletas sendo convocados para representar o país nacional e internacionalmente. É o caso de Higor Monteiro, 36 anos, que acumula na recente carreira participações em campeonatos representando seu  estado. “Eu particularmente comecei quase do zero.
Mas, por eu já ter experiência no vôlei de praia e principalmente no futevôlei, eu acredito que isso me deu uma uma vantagem muito grande em relação a movimentação da quadra, visão e Malícia de jogo.No beach tennis, cada um campeonato vai somando pontos no ranking. E aí quando eu percebi que tinha essa pontuação, isso me motivou ainda mais” falou o atleta, que chegou até disputar o campeonato mundial, em 2023.
 
“Ano passado, a gente representou Pernambuco no Brasileiro,  e em agosto do ano passado teve o Mundial. E aí no Mundial eu fui com minha mãe a gente jogou junto, em  agosto, em Fortaleza, onde a gente foi campeão. No final do ano passado, eu estava com Elisa, minha dupla na mista, todos os campeonatos somando pontuação. No final do ano de 2023, a gente foi disputar o brasileiro e a gente foi campeão”, completou Higor que, na curta carreira, já acumula mais de 30 troféus no esporte.
 
Entretanto, o aprendiz ainda não ultrapassou o mestre. Ou mestra, no caso. Aos 65 anos, dona Amélia Santos conquistou mais de 50 troféus de beach tennis. “Tenho 65, mas eu pratico beach tennis quase todos os dias e eu sou secura mesmo, hein?! Se me chamar eu vou e sempre jogo para ganhar. Perder ou ganhar também é consequência, mas eu não jogo por jogar não, pode ser qualquer partida, eu jogo para ganhar”, falou a aposentada, formada em Educação Física.
 
Amélia está acostumada a subir em pódios de beach tennis, seja acompanhada do filho, do marido, de colegas que conheceu no dia da competição ou sozinha. “Fui campeã brasileira, fui campeã pernambucana na categoria D e na 60 eu fui brasileira  esposo, representando a Paraíba. Isso através de muito esforço e muito treino, nada é fácil. O segredo é não parar e não parar de treinar. não é fácil ser campeã”, completou dona Amélia, que disputou a categoria +50 na etapa da Azure.
 
<i>(Foto: Francisco MPV/DP Foto)</i>
 
 
Camilo Lima, de 41 anos, também teve o sabor de representar Pernambuco e o Brasil em campeonatos de beach tennis. “Depois de um ano e meio praticando, veio a convocação para seleção brasileira. Para mim foi um choque, eu nunca imaginei integrar uma seleção brasileira de nada na minha vida. Fui para Fortaleza. Representei lá o meu país. Fui convocado também para seleção pernambucana na categoria 40 . Foi uma experiência bastante bacana. Eu gosto de competir, então para mim foi uma coisa ímpar”, falou o atleta, que também faz parte da comissão de arbitragem do evento.
 
Já Gustavo Abreu foi conquistado pelo esporte em 2019 e vem praticando desde então. “O beach tennis é um esporte muito fácil de jogar, é muito simples. Além disso, é um esporte muito família, você vê muitos pais com os filhos, marido, esposa jogando junto, então o ambiente é muito bom e muito familiar”, complementou o atleta, que vem disputando a categoria 50 . “Toda vez que a gente participa de um torneio a gente faz novas amizades, então o ambiente aqui é bom, uma expectativa muito boa também. Se tiver um troféu ótimo”, concluiu.