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Com o ciclo conturbado, o favoritismo da brasileira não é o mesmo de outros anos, mas não é carta fora do baralho pelo ouro ou, no mínimo, um lugar no pódio. No recorte recente, a nadadora foi prata no Pan de Santiago-2023 e quinto lugar na prova de 10km do Mundial de Doha-2024. Em maio deste ano, a baiana terminou em primeiro lugar a Copa do Mundo de Águas Abertas, na Itália, seguida pela compatriota Viviane Jungblut, que também disputa os 10 km em Paris.
Será a primeira vez de Ana Marcela nadando em Paris, ainda mais por não ter participado dos treinos de reconhecimento. A prova deve ser obrigatoriamente disputada em águas abertas, seja no mar, rios ou lagos, e escolha foi o Sena, com largada na ponte Alexandre III. Ainda assim, apesar do investimento de mais de 1 bilhão de euros feito pelo governo francês para limpeza do local, a qualidade da água é um problema desde o começo do megaevento. Com adiamentos em série do triatlo, cancelamento de treinos e atletas com problemas de saúde após nadar no rio, o alerta ainda está ligado e é mais um empecilho da prova.
Ana Marcela compete nesta madrugada, a partir das 02h30 na maratona aquática em busca da sua segunda medalha de ouro olímpica.
— Time Brasil (@timebrasil) August 7, 2024
E o visual já está preparado para a prova!#JogosOlímpicos #TimeBrasil #Paris2024 pic.twitter.com/oD6M0mBnlh
Se não bastassem as outras 21 atletas e a situação do Sena, essas são apenas alguns dos perrengues que Ana Marcela precisou lidar no ciclo pelo bicampeonato olímpico. Depois de Tóquio, a nadadora encerrou a parceria de quase uma década com o treinador Fernando Possenti, fez uma cirurgia no ombro esquerdo, lidou com questões de saúde mental e ainda mudou de país, agora vivendo na Itália.
Se medalhar, Ana Marcela se junta ao grupo seleto de bicampeões olímpicos e irá somar a 15ª conquista do Brasil em Paris-2024. Em quatro participações em Jogos, a baiana foi 5ª em Londres-2012 e 10ª no Rio-2016, além do ouro em Tóquio-2020.