Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, é afastado pela segunda vez por decisão do TJ-RJ (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Ednaldo Rodrigues foi afastado, nesta quinta-feira (15), da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A decisão foi tomada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que considerou inválida a assinatura do Coronel Nunes no documento que havia garantido a permanência de Ednaldo no comando da CBF, anulando oficialmente o acordo.
O ponto central do afastamento é a legalidade da assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, em um documento firmado em janeiro deste ano. O desembargador alegou "incapacidade mental" de Nunes e possível falsificação da assinatura, o que, segundo ele, compromete completamente o acordo anteriormente homologado pelo próprio TJ-RJ.
"Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes", escreveu o magistrado em sua decisão.
Com o afastamento oficializado, o magistrado nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, como interventor e determinou que ele deverá convocar as novas eleições "o mais rápido possível". A decisão chegou enquanto Ednaldo Rodrigues estava em Assunção, no Paraguai, onde representava a CBF no 75º Congresso da Fifa. O presidente ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, como fez em 2023, quando reassumiu o cargo após uma decisão semelhante.
Esta é a segunda vez que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destitui Ednaldo Rodrigues do cargo. Em dezembro de 2023, uma decisão semelhante foi revertida cerca de um mês depois, por meio de liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que devolveu o comando da CBF ao dirigente.