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Estrangeiros perdem espaço no Sport, que vive crise na Série A sob comando de António Oliveira

Lesões também têm dificultado a sequência de alguns atletas do elenco rubro-negro

postado em 27/05/2025 19:00 / atualizado em 28/05/2025 08:58

<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
O momento do Sport na Série A do Campeonato Brasileiro segue preocupante! Lanterna da competição, com apenas três pontos em dez rodadas, o Leão da Ilha ainda não sabe o que é vencer na elite do futebol nacional. Apesar do tricampeonato pernambucano, a crise se arrasta desde as finais do Estadual, há dois meses, quando o time rubro-negro conquistou seu último triunfo.
 
Diante da má fase, para tentar reverter esse cenário, mudanças aconteceram no Sport: derrubou o técnico Pepa e colocou António Oliveira no comando, outro português. Mas, até aqui, as alterações na beira do gramado ainda não surtiram efeito. Em meio às tentativas de reencontrar o caminho das vitórias, chama atenção a perda de espaço e desemmpenhos irregulares dos estrangeiros do elenco rubro-negro, reforços que chegaram com alto investimento e status.
 
As escolhas do novo técnico, tanto no modelo de jogo quanto nas peças utilizadas, vêm sendo alvo constante de críticas por parte da torcida, que não vê evolução no desempenho coletivo. A insatisfação cresce, sobretudo, pela dificuldade em transformar o investimento feito em resultados dentro de campo.
 
RODRIGO ATENCIO
 
<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
 
 
Um dos casos mais é o do meia argentino Rodrigo "Chino" Atencio. Contratado após se destacar no futebol argentino, especialmente na conquista da Copa da Argentina pelo Central Córdoba, o camisa 20 chegou ao Recife cercado de expectativa por um futuro promissor.
 
O Sport adquiriu 50% dos direitos econômicos do jogador junto ao Independiente e assumiu a obrigação de comprar mais 30% se metas forem alcançadas. Essa negociação que pode atingir a casa dos R$ 12 milhões.

Porém, dentro de campo, o investimento ainda não foi correspondido. Atencio soma apenas cinco partidas como titular em 11 jogos disputados em 2025. O atleta de 22 anos soma três gols e uma assistência, mas não conseguiu se firmar com nenhum técnico leonino.
 
FABRICIO DOMÍNGUEZ 
 
<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
 
 
A situação é ainda mais preocupante no caso do uruguaio Fabricio Domínguez. Peça fundamental no acesso do Sport à Série A no ano passado e autor de gol contra o Santa Cruz na semifinal do Campeonato Pernambucano deste ano.
 
O volante perdeu espaço de forma surpreendente. Sem atuar há mais de um mês, desde a derrota para o Bragantino na quarta rodada, Domínguez acumula seis partidas seguidas sem sair do banco.

Contratado em definitivo junto ao Racing, da Argentina, no fim de 2024, com o Sport adquirindo 60% dos seus direitos econômicos, o "Diabo Loiro" parecia consolidado no elenco. Mas, mesmo com 21 jogos e três participações em gols na temporada, o uruguaio não vem sendo opção no novo desenho tático de António Oliveira. Hoje, observa a equipe mais do banco do que no gramado, mesmo em meio à má fase do time.
 
JOÃO SILVA 
 
<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
 
A defesa também não escapou do cenário de mudanças. O zagueiro português João Silva, titular em grande parte da passagem de Pepa no comando do time, também perdeu espaço. Com a mudança no esquema, que agora conta com três zagueiros, o defensor viu Antônio Carlos e Lucas Cunha assumirem a titularidade ao lado de Chico.
 
Desde a chegada de António Oliveira, o português só atuou na estreia do treinador, na goleada sofrida para o Cruzeiro na Ilha do Retiro, e ficou no banco nas partidas seguintes, contra Ceará e Internacional.
 
GONÇALO PACIÊNCIA 
 
<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
 
 
Outro nome que enfrenta dificuldades, ainda mais por lesões, é o centroavante português Gonçalo Paciência, contratado com a expectativa de ser a referência no ataque. Atualmente, se recupera de uma contusão no quadril direito, que o tirou dos gramados desde o empate contra o Fortaleza, na sexta rodada. Curiosamente, é a mesma lesão que o deixou fora das quatro primeiras rodadas do Brasileirão.
 
Com contrato até dezembro de 2025, o jogador de 30 anos soma 17 jogos, cinco gols e uma assistência na temporada, mas não consegue emplacar uma sequência devido aos problemas físicos.
 
SÉRGIO OLIVEIRA 
 
<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
 
 
O meia português Sérgio Oliveira, talvez o nome de maior peso entre os reforços estrangeiros do Sport em 2025, ainda não conseguiu cair nas graças da torcida, que esperava mais protagonismo de um atleta com passagem por grandes equipes do futebol europeu.
 
Dividindo a falta de sequência com problemas físicos, o experiente meio-campista acumula 16 jogos no ano, sendo sete pelo Brasileirão. Marcou dois gols, incluindo um na NeoQuímica Arena, contra o Corinthians.
 
CHRISTIAN RIVERA 
 
<i>(Foto: Paulo Paiva/Sport Recife)</i>
 
 
Até o colombiano Christian Rivera, que parecia ser um dos poucos estrangeiros a conquistar seu espaço, viu seu cenário mudar, ao menos na rodada passada. Contratado por cerca de 3 milhões de dólares (R$ 17 milhões) junto ao Tijuana, do México, o volante de 29 anos vinha sendo presença constante no time titular, se destacando especialmente na recuperação de bolas e na marcação.
 
No entanto, surpreendeu a decisão do técnico António Oliveira de deixá-lo no banco contra o Internacional, levantando dúvidas se essa mudança pode seguir para as próximas partidas do Leão.

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