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COUNTER-STRIKE

IEM anuncia o Rio de Janeiro como sede do Major de CS:GO, entre outubro e novembro

Principal competição do Counter-Strike mundial estava marcada para o Brasil em 2020, porém foi adiada por conta da pandemia

postado em 24/05/2022 14:15 / atualizado em 24/05/2022 14:17

<i>(Foto: Reprodução/ESL)</i>
A espera, enfim, acabou. A ESL, uma das principais produtoras de campeonatos do Counter-Strike, anunciou depois de uma longa espera dos brasileiros que o próximo Major de CS:GO, maior competição do game, será realizado no Brasil, no Rio de Janeiro, em outubro deste ano. O anúncio foi feito em conjunto nas redes sociais da ESL e ao vivo na live do streamer brasileiro Alexandre Gaulês, que durante o último Major registrou recorde na Twitch brasileira com 710 mil espectadores.

O campeonato receberá a tag da Intel Extreme Master (IEM), realizado entre os dias 31 de outubro e 13 de novembro. O palco será a Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, e contará com narração oficial em língua portuguesa.

O anúncio encerra uma espera de dois anos pela comunidade brasileira do CS. Devido a pandemia, os organizadores decidiram pelo adiamento da edição de 2020, que também seria realizada no Rio e chegou até a vender ingressos para o evento. Em maio deste ano, a propósito, foi realizada a primeira edição do Major com torcida, na Antuérpia, na Bélgica.

‘Easter Eggs’ e nostalgia
Ainda nesta segunda-feira (23), um dia após a final da primeira edição anual do Major, a ESL já ‘brincava’ com a nostalgia da comunidade brasileira. Em seu perfil oficial do Twitter, a organização publicou um vídeo em referência ao Brasil. O conteúdo traz uma arte desenhada, numa tela em alusão ao mapa cs_rio, desenvolvido extra-oficialmente pelos brasileiros Joca Prado e Roger Sodré. Logo se tornou um dos maiores clássicos da versão 1.6 do Counter-Strike, um dos maiores sucessos das lan-houses brasileiras na década de 2000, quando o FPS se enraizou no país.

Além da imagem, o vídeo traz a faixa da música ‘A semente’, do sambista Bezerra da Silva. A música era reproduzida no mapa sempre que os jogadores passavam pelo campinho de terra em frente ao ‘Bar do Peixuxa’. O som poderia ser silenciado no mapa caso o jogador destruísse o rádio, localizado no primeiro andar do bar. Outros ‘easter eggs’, como um funk proibidão e trecho de novela reproduzido em uma TV das casas, também fazem parte da modelagem do mapa.

Da ilegalidade ao profissionalismo
O mapa ‘cs_rio’, inclusive, foi um dos principais pivôs da proibição do Counter-Strike no Brasil. Em 2007, a 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais proibiu a comercialização do jogo no país. O CS, apesar de ilegal, continuou sendo praticado sem muita dificuldade - como muitas coisas no país, a propósito. Em 2009 a decisão foi revogada, e o jogo voltou a ser permitido de forma oficial.

Hoje o Counter-Strike, em sua versão Global-Offensive (CS:GO) é uma das principais modalidades do E-Sports brasileiro. Além do expressivo título da ‘Made in Brazil’ (MIBR) no Mundial da Electronic Sports World Cup, em 2003, o Brasil ostenta duas taças do Major, conquistados em 2016 com as orgs Luminosity e SK. O país é um dos maiores vencedores, ao lado de Ucrânia, Rússia e França (dois títulos cada), atrás apenas da Dinamarca e da Suécia, com quatro troféus cada.

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