Presidente do Retrô, Laércio Guerra, celebrou o título da Série D (Foto: Rafael Vieira /DP Foto)
Da desconfiança ao título. Laércio Guerra é reconhecidamente uma pessoa que não foge do embate. E desta forma causa opiniões extremas - Quem gosta, ama. Quem não gosta, odeia. Conhecido por ser um presidente incisivo que não costuma levar desaforo para casa. Nos últimos anos, a Fênix tinha uma síndrome de “Nadar nadar e morrer na praia”, sendo vice duas vezes no Estadual e eliminado em três oportunidades no mata-mata da Série D. Neste ano, o presidente do Retrô optou por se afastar dos holofotes e passou a trabalhar de forma discreta. E enfim, terminou levantando a taça.
“A eliminação contra o Maranhão na Série D no ano passado, mexeu muito comigo. Ai eu pensei, vou refazer muita coisa. Vou até falar menos. Estrategicamente, eu pensei vou sair um pouco da polêmica”, disse o presidente do Retrô.
Se no início de tudo, o Retrô surgiu do sonho de Laércio Guerra tornar os filhos (Diego e Cacau) em jogadores profissionais. Hoje, o clube trabalha como um projeto social que abarca mais de 400 atletas, focando não só a formação de novos jogadores, mas também às suas respectivas famílias. Vale salientar, que o sucesso na temporada é reflexo de uma infraestrutura de excelência: equipamentos de última geração e CT avaliado em R$ 60 milhões.
“O Retrô começou, de fato, como projeto para estar junto com os meus filhos. Eu me separei da minha esposa, mas não queria perder o contato com os meus filhos. Hoje,somos uma grande potência do futebol de base, vamos fechar o ano com quatro milhões em negociações”, afirmou.
Apesar do investimento milionário no Retrô, pairava o sentimento de desconfiança. Se nas categorias de base, a Fênix de Camaragibe demonstrava evolução constante, tanto na produção de atletas, quanto na conquista de títulos. No profissional, a equipe azulina era marcado por decepções. Até que o investimento, foi coroadao nesta temporada com o acesso e título da Série D do Brasileiro.