Em entrevista ao canal de Wellington Araújo, o presidente da Fênix, Laércio Guerra, compartilhou suas emoções sobre a partida, em que sua equipe demonstrou resiliência diante de um dos maiores clubes da Região. A final contra o Sport, que começou com um 2 a 0 favorável aos rubro-negros, foi um teste de nervos e estratégia para o Retrô, mas também um momento de afirmação para o mandatário azulino, que viu seu projeto crescer e encarar um gigante do futebol do Estado.
Ao falar sobre o jogo, Laércio Guerra revelou um misto de sentimentos. Quando o Sport abriu o placar, ele não escondia a tristeza, mas ao ver a torcida rival comemorando, sentiu algo inesperado."Eu consegui criar um clube capaz de mexer com a torcida que eu gosto", disse, refletindo sobre o impacto que o Retrô vem tendo nos últimos anos.
Para ele, aquele momento foi um marco, evidenciando o quanto o Retrô havia se tornado uma equipe respeitável, capaz de desafiar adversários históricos como o Sport. Com a desvantagem de 2 a 0 no intervalo, a pressão sobre o Retrô era evidente. Muitos, inclusive, consideravam o Sport muito superior tecnicamente. Laércio Guerra, no entanto, acreditava no potencial de sua equipe e fez questão de reforçar esse sentimento com os jogadores. "Será que as pessoas têm razão? Será que existe essa diferença técnica tão grande assim?", refletiu.
E a resposta veio rápida: o Retrô reagiu, marcou dois gols em pouco menos de sete minutos e fez a torcida do Sport se calar, ao menos por alguns momentos. “Eu me senti orgulhoso de criar um time que, em seis minutos, conseguiu amedrontar um pouco um escudo do tamanho do Sport”, afirmou.
A história do Retrô é marcada por um crescimento impressionante. O clube, fundado com o objetivo de reviver a essência do futebol pernambucano, já se consolidou como uma força no cenário estadual. Para o mandatário azulino, esse confronto com o Sport foi mais do que um simples jogo: foi a confirmação de que o projeto estava no caminho certo.
Inspiração no clube de coração
A inspiração no Sport, aliás, não é segredo para ninguém. Durante sua infância e adolescência, Laércio foi marcado pela atmosfera da Ilha do Retiro e pelas cores vivas do Sport, que até hoje reverbera em sua visão para o Retrô. Ele faz questão de destacar essa conexão, mencionando que as cores e o formato do escudo do Retrô são influenciados pela sua admiração pelo clube rubro-negro. "Se você pegar o escudo, dentro do Sport tem um Leão, no meu tem a Fênix. O formato também é muito semelhante", explicou.
Esse vínculo com o Sport vai além da estética; para Laércio, enfrentar o time que o inspirou durante tantos anos é uma das experiências mais emocionantes da sua carreira como dirigente. "De todos os clubes que eu já tive oportunidade de jogar, pra mim jogar contra o Sport me dá uma emoção muito grande", destacou.
