Para o zagueiro Mohammed Salisu, de Gana, o roteiro da partida será de vingança, além de decisivo. Quem vencer deve ser o adversário do Brasil nas oitavas de final do mundial, caso a Seleção Brasileira confirme o favoritismo no Grupo G e, consequentemente, o topo da tabela.
"As pessoas estão esperando por esta partida por conta da vingança. Eu também estou esperando por esta partida. Tenho que lutar pelo meu país. Sou parte da vingança. Quando jogamos contra o Uruguai naquela Copa, fomos a melhor seleção africana, aquela que chegou mais longe. Ter isso na cabeça me inspira", falou Salisu sobre a fatídica partida. Na ocasião, após a mão de Suárez, Asamoah Gian acabou desperdiçando a cobrança na prorrogação, com os portenhos se classificando na disputa de penalidades.
Os céticos dizem que futebol e política não se misturam, mas os argumentos mudam quando falamos em Copa do Mundo. Além de ser o principal evento esportivo do planeta, a competição é marcada por rixas históricas. É o caso de Suíça x Sérvia, que se enfrentam pela mesma chave do Brasil, também às 16h.
Num contexto geral, os suíços foram os primeiros por trazerem a política às quatro linhas. Os jogadores Xhaka e Shaqiri comemoraram seus respectivos gols fazendo o mesmo gesto: tendo os dedos entrelaçados e as palmas da mão viradas para o corpo, movimentado os pounhos como asas de um pássaro. Tudo isso na Copa Rússia, em 2018. Trata-se de um símbolo patriótico, a águia de duas cabeças, presente na bandeira da Albânia. Ambos têm ascendência albanesa e ligação com Kosovo, ex-província da Sérvia que se declarou independente em 2008, reivindicação não aceita pelos sérvios até hoje.
O outro jogo
Quem também se despede da primeira fase é a Seleção de Portugal, já classificada ao mata-mata. Os portugueses enfrentam a Coreia do Sul às 12h precisando pontuar para garantir a liderança da chave e “fugir” da Seleção Brasileira nas oitavas de final.
