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COLUNA

Veja a opinião de Beto Lago no Diario esportivo sobre o empate no final da partida do Náutico

Pelas circunstâncias da partida, dois pontos perdidos, como mudar da água pro vinho, do maravilhoso pro ridículo, no intervalo de 15 minutos

postado em 13/06/2023 09:46 / atualizado em 13/06/2023 09:51

<i>(Foto: Matheus Cunha/CNC)</i>
Descarrilou
Série C. Aracaju. Batistão. Primeiro tempo. Náutico 2x0 Desconfiança, fácil. Jogo facilmente controlado. Souza, o cara. Dois gols. O primeiro, de falta. O segundo, um golaço. Patada de fora da área. Dominada. Apesar do pênalti pateticamente desperdiçado pelo Confiança, partida completamente dominada. Intervalo, e algo sobrenatural acontece. Um time conciso, impetuoso, imperante, transforma-se, inexplicavelmente, numa equipe cheia de erros, falhas ridículas e amplamente vulnerável. Aceita um gol de Negueba, com falhas ambíguas de Denilson e Danilo. Sofre. Leva pressão do time sergipano. Tem um jogador, Danilo, infantilmente, expulso. Vagner faz milagres. Mas nos acréscimos, pra variar, toma um gol no jogo aéreo provocado durante todo o segundo tempo, pela presença do zagueiro que vira centroavante, grandalhão colombiano de 2 metros de altura, Salazar. Pela dificuldade do campeonato, um ponto conquistado. Pelas circunstâncias da partida, dois pontos perdidos. Como mudar da água pro vinho, do maravilhoso pro ridículo, no intervalo de 15 minutos? O trem saiu do trilho, descarrilou e, por pouco, não tombou. Com a palavra, o maquinista Fernando Marchiori.

Bem na foto
32 jogos. 18 vitórias, 10 empates e 4 derrotas. Pernambuco bem nas três Séries brasileiras. Somente o Sport, com jogo, ou jogos, a menos, não está na zona de classificação. O Retrô é líder do grupo 4. E um dos quatro invictos, dentre os sessenta e quatro da Série D. O Santa é segundo no grupo 3. O Náutico, terceiro na Série C. Os clubes pernambucanos têm as camisas mais pesadas nas três divisões que disputam. E são os mais fortes postulantes ao acesso. Se subirão ou não, é uma outra discussão. Até agora, estão fazendo por onde. Ansiedade quanto às afirmações de Náutico e Santa Cruz. Sem um “9”, o alvirrubro oscila. Sem tranquilidade política, o Santa também. Acredito no acesso. Mas com sofrência. A sequência final alvirrubra será dificílima. Culminando com o duelo diante do São Bernardo. No tricolor, uma improvável pacificação não será impossível. Acreditemos. Para o alto e avante!

Ganhou um ponto ou perdeu dois?
Em circunstâncias normais, empatar com a Ponte Preta, em Campinas é um bom resultado. Mas com esta Ponte e com um homem a mais durante todo o 2o tempo, é questionável. Principalmente, por ela estar lá em baixo, na classificação. Empate deve ser considerado bom, se conquistado na casa dos adversários que estão brigando diretamente pelo acesso. Não é o caso da atual Macaca. Foi uma atuação destoante na temporada rubro-negra. Mas, faz parte. Um ponto, no entanto, tornou-se evidente. O elenco carece de um 10. Na irregularidade preemente de Jorginho, urge a necessidade da contratação de um meia que crie e faça o time fluir. Principalmente, fora de casa.

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