Calendário apertado e rodízio de elenco marcam o início do Pernambucano (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
O Campeonato Pernambucano tem sido palco de contrastes notáveis entre as equipes. Enquanto Sport e Náutico enfrentam um calendário apertado com a disputa simultânea de várias competições, clubes como Santa Cruz, Retrô e Maguary vivem uma realidade mais tranquila, com um calendário menos exigente.
O Leão, comandado por Pepa, e o Timbu, sob o comando de Marquinhos Santos, convivem com o desafio de disputar o Campeonato Pernambucano, a Copa do Nordeste e agora a chegada da Copa do Brasil, tudo em um curto espaço de tempo.
A exigência física e a preocupação com as lesões de jogadores levaram os dois técnicos a adotar o rodízio de elenco como estratégia. Com um elenco mais numeroso, o Sport tenta administrar a sobrecarga, mas o Náutico, com um elenco mais enxuto, tem sofrido com desfalques. O elenco alvirrubro já conta com sete atletas no departamento médico, incluindo o centroavante Paulo Sérgio, uma das principais peças do time.
Em coletiva, o técnico Marquinhos Santos não escondeu a insatisfação com a intensidade do calendário."É desumano. Nós, assim como o Sport, estamos em duas competições e entrando na terceira em dois meses de temporada. Não temos tempo nem para recuperar, nem para treinar", declarou.
Viagens na primeira fase da Copa do Nordeste:
Sport:
PE - CE (761 km)
PE - Sousa-PB (503 km)
PE - BA (793 km)
Total: 2.057 km
Náutico:
PE - SE (527 km)
PE - AL (328 km)
PE- MA (1.556 km)
PE - BA (793 km)
Total: 3.204 km
Por outro lado, a Cobra Coral, líder da competição até o momento, e o Maguary, surpreendendo ao disputar posições de destaque, têm um calendário mais espaçado, o que possibilita aos técnicos Itamar Schülle e Sued Lima trabalharem com mais tranquilidade. Ambos apostam na manutenção da base e no entrosamento das equipes para alcançar bons resultados.
O Retrô, embora com um elenco reformulado, também está disputando o Estadual e a Copa do Brasil, mas enfrenta dificuldades devido à falta de entrosamento e a necessidade de adaptação de novos jogadores. A Fênix de Camaragibe vem tentando se manter competitiva, mas o desafio da reformulação tem sido um obstáculo.
Bônus extra
A competição deste ano promete muita disputa e motivação extra para os clubes. O líder da primeira fase do Campeonato Pernambucano garante uma vaga direta na Copa do Brasil de 2026, o que representa um prêmio financeiro importante, com um acréscimo de pelo menos 700 mil reais aos cofres do clube. Para clubes como Santa Cruz e Maguary, além de almejar a classificação para a Copa do Brasil, a vaga na Série D de 2026 também se torna um objetivo relevante.